Conforme informou o assessor do vice-presidente do Mali, Assimi Goita, "estão em andamento negociações sobre sua liberação e formação do novo governo".
Anteriormente, fonte contou à Sputnik que os militares malianos detiveram o presidente interino, o primeiro-ministro e o titular da Defesa do governo interino do país africano e os levaram para uma base militar em Kati, no entorno da capital Bamaco.
Segundo a fonte, a Guarda Presidencial se recusou a proteger o presidente, deixando que os militares o levassem. O vice-presidente do Mali declarou que liberou o presidente e o premiê de suas funções por causa da violação por eles da carta do período transitório.
Reação da Rússia
A Rússia está preocupada com a situação no Mali e apela à liberação das autoridades provisórias e a uma regulação pacífica, disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
"Moscou está preocupada com os eventos em desenvolvimento no Mali. Nós apelamos à liberação da liderança provisória e à regulação pacífica da situação atual, consideramos importante assegurar uma dinâmica progressiva na questão do regresso da situação neste país à via constitucional na base de um diálogo nacional e inclusivo", declarou a representante oficial durante um briefing nesta quarta-feira (26).
Segundo ela, a Rússia continuará participando na normalização da situação no país e prestando seu apoio, incluindo como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
O golpe no país africano começou em 18 de agosto de 2020 em uma base militar perto da capital Bamaco. Os golpistas anunciaram a detenção do presidente Ibrahim Boubacar Keita e do primeiro-ministro Boubou Cissé. Logo depois, o presidente declarou sua renúncia e a dissolução do parlamento e do governo.
Os militares do Mali, após negociações com líderes políticos e representantes da sociedade civil, aprovaram em 12 de setembro de 2020 "a lei principal e o roteiro do período transitório" no país. Os vários lados acordaram que esse período iria durar 18 meses.