Assim, segundo informação prestada pelo Tesouro dos Estados Unidos, em dezembro do ano passado a Rússia investiu somente US$ 9,974 bilhões (R$ 43,49 bilhões) na dívida pública estadunidense.
Deste montante, US$ 5,704 bilhões (R$ 24,87 bilhões) foram investidos em títulos de curto prazo e US$ 4,27 bilhões (R$ 18,62 bilhões) em títulos de longo prazo.
Com a redução de seu investimento, a Rússia deixou de estar entre os 30 maiores detentores de títulos soberanos dos EUA.
Desde abril de 2018, Moscou tem vindo a alienar sistematicamente os seus títulos norte-americanos, com um hiato em setembro e outubro de 2018 em que aumentou o seu portfólio.
Contudo, em novembro de 2018 e até a data mantém-se a tendência para o desinvestimento neste tipo de ativos.
Principais detentores da dívida dos Estados Unidos
O Japão continua sendo o principal detentor da dívida pública americana, com US$ 1.155 bilhões investidos (R$ 5.036 bilhões), seguindo-se a China com US$ 1.070 bilhões (R$ 4.665 bilhões).
O Reino Unido surge na terceira posição, com US$ 332,6 bilhões (R$ 1.450 bilhões).
No final de 2019, o Tesouro dos EUA constatou uma queda na procura de títulos de dívida pública do país.
Vale recordar que os títulos são o único instrumento usado pelo Tesouro para cobrir o déficit orçamentário dos EUA.
Para contornar a situação, o Tesouro viu-se obrigado a recorrer de novo a uma estratégia já implementada aquando da crise de 2008. Esta consiste na compra de títulos de dívida pelos bancos norte-americanas com garantia de recompra posterior pela Reserva Federal dos EUA.