Nesta semana, veículos militares do Exército britânico chegaram ao porto de Antuérpia, na Bélgica, em meio aos preparativos para o exercício militar de grande escala Defender Europe 2020. As manobras envolverão 37 mil militares de 18 países, representando o maior envio de forças norte-americanas ao continente europeu nos últimos 25 anos.
20.000 militares dos Estados Unidos
Espera-se que aproximadamente 20 mil soldados vindos diretamente dos Estados Unidos participem dos exercícios, além dos nove mil já estacionados em solo europeu, para além dos 8 mil militares de 17 países aliados. A maior parte das forças será enviada em fevereiro, enquanto os principais exercícios ocorrerão em abril e maio, com outras manobras associadas se prolongando até o verão europeu.
Segundo o Exército norte-americano, estas manobras, assim como os exercícios associados "aumentarão o preparo estratégico e a interoperabilidade", ao treinar as capacidades de deslocar rapidamente uma grande quantidade e soldados e unidades para a Europa, com o intuito de "responder, junto com seus aliados e parceiros, a uma potencial crise".
Exercício 'não é direcionado contra nenhum país'
Os exercícios serão realizados em países vizinhos da Rússia como a Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia. "Este exercício não é somente simbólico. Chega ao coração do que queremos dizer quando falamos de segurança coletiva europeia", declarou na semana passada Georgette Mosbacher, embaixadora dos Estados Unidos na Polônia.
"Em uma crise, a OTAN deve ser capaz de responder o mais rápido possível", explicou a diplomata, agregando que as manobras Defender Europe 20 "simplesmente não poderiam acontecer sem a Polônia".
Nesta segunda-feira (10), Jens Soltenberg, secretário-geral da OTAN, insistiu que as manobras "mostram o forte compromisso dos Estados Unidos com a OTAN e com a liberdade e segurança da Europa", além de salientar que não são direcionadas contra a Rússia. "O Defender Europe não é direcionado contra nenhum país em particular", assegurou Soltenberg.