Embaixador russo: 'Relatório da OPAQ falhou em explicar atraso de inspeção em Douma'

© REUTERS / Ali HashishoEtiquetas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) vistas em uma casa destruída em Douma, 23 de abril de 2018
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O relatório provisório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) não conseguiu esclarecer por que os inspetores da missão não chegaram a tempo ao local do incidente, declarou nesta quarta o embaixador russo na Síria, Aleksandr Kinshchak.

"Nós [Rússia] não gostamos do relatório porque ele não menciona as razões que impediram os inspetores da OPAQ de chegarem a tempo ao local do suposto incidente químico. Eles chegaram a Damasco na hora. Promovemos isso e encorajamos de todas as formas possíveis. No entanto, demorou muito tempo para chegarem a Damasco por causa de Douma. Por quê? Nada é escrito sobre isso no relatório. Aconteceu porque em 14 de abril os Estados Unidos e seus aliados mais próximos realizaram um enorme ataque na Síria", disse Kinshchak à emissora Rossiya 24.

Em 6 de julho, a Missão de Investigação da OPAQ disse em um relatório que os investigadores encontram cloro nas amostras recolhidas em Douma. Não havia, porém, vestígios de agentes nervosos em supostas vítimas do ataque de armas químicas de abril.

The Executive Council of the Organization for the Prohibition of Chemical Weapons (OPCW) has condemned any use of chemical weapons, referring specifically to the OPCW Fact-Finding Mission findings - Sputnik Brasil
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Sem esperar pelos resultados da investigação, os Estados Unidos, apoiados pela França e pelo Reino Unido, dispararam prontamente mais de 100 mísseis contra o que chamavam de locais de armas químicas do governo sírio, acusando Damasco de usar substâncias perigosas contra civis.

Tanto Damasco quanto Moscou refutaram alegações, dizendo que o ataque em Douma foi encenado por militantes e pela organização não-governamental Capacetes Brancos para influenciar a opinião pública e justificar a intervenção estrangeira.

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