Ministério da Defesa chinês acusa EUA de interferirem em seus assuntos internos

© REUTERS / Hyungwon KangA bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo).
A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo). - Sputnik Brasil
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O Ministério da Defesa da China expressou um forte protesto após os EUA terem aprovado a Lei de Viagem a Taiwan, considerando-a uma interferência na política interna da China e uma ameaça ao desenvolvimento das relações entre as Forças Armadas dos dois países, diz um comunicado do ministério.

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"Em 16 de março, os EUA assinaram a Lei de viagem a Taiwan, as Forças Armadas da China se expressam veementemente contra isso", afirmou o porta-voz do ministério chinês, Wu Qian. O representante sublinhou que Taiwan faz parte da China e o assunto de Taiwan se refere a assuntos internos de Pequim.

"É uma grave violação do princípio 'uma só China' e dos três comunicados conjuntos americano-chineses, é uma interferência na política interna da China, prejudicando o desenvolvimento dos laços entre as Foras Armadas dos dois países", declarou o porta-voz.

Segundo ele, a parte chinesa exigiu que Washington "cumprisse rigorosamente os compromissos assumidos e corrigisse os erros respetivos". Pequim também insiste que os EUA "impeçam a concretização da lei", "suspendam laços oficiais com Taiwan, suspendam os contatos com as forças armadas de Taiwan e a venda de armas a Taiwan para evitar prejudicar gravemente as relações entre as forças armadas chinesas e norte-americanas, assim como a paz e estabilidade na região do estreito de Taiwan".

Ontem (17), a embaixada da China em Washington publicou um comunicado expressando descontentamento e protesto quanto à lei respetiva aprovada pelos Estados Unidos.

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Anteriormente, o presidente norte-americano Donald Trump aprovou a troca de visitas de delegações oficiais com Taiwan assinando a Lei de Viagem a Taiwan, que estimula visitas mútuas de altos funcionários de Taiwan e EUA em todos os níveis. A lei também promove o fortalecimento das relações entre os EUA e Taiwan.

As relações oficiais entre as autoridades da República Popular da China e província da ilha de Taiwan foram interrompidas em 1949, quando o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês), liderado por Chiang Kai-shek, teve que se deslocar para a ilha depois de sua derrota na guerra civil contra o Partido Comunista do país.

Taiwan se tornou autogovernado em 1940, após uma guerra civil, mas a China ainda o considera parte do seu território.

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