Mais de 100 mortos em menos de 4 meses: 'um peso enorme' do governo português

© REUTERS / Pedro NunesUm bombeiro participa da extinção de um incêndio em Cabanões, perto de Lousã, em 16 de outubro de 2017
Um bombeiro participa da extinção de um incêndio em Cabanões, perto de Lousã, em 16 de outubro de 2017 - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, aceitou o pedido de demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. A saída dela foi motivada por duras críticas relacionadas aos incêndios de junho e de outubro, que já mataram, só neste último mês, 41 pessoas.

De acordo com a própria ex-ministra, citada pelo Público, ela já tinha pedido "insistentemente" a António Costa que a libertasse das suas funções após os incêndios em Pedrógão, em junho.

Em carta de demissão, divulgada nesta quarta-feira pelo jornal, a ex-ministra diz ter "considerado que estão esgotadas todas as condições para me manter em funções" e que o primeiro-ministro "tem de aceitar" o pedido "até para preservar a minha dignidade pessoal".

© AFP 2023 / Cristina QuiclerConstança Urbano de Sousa participa de um evento do Arquivo Geral das Índias em Sevilha em 3 de julho de 2017, ainda na qualidade de ministra da Administração Interior de Portugal
Constança Urbano de Sousa participa de um evento do Arquivo Geral das Índias em Sevilha em 3 de julho de 2017, ainda na qualidade de ministra da Administração Interior de Portugal - Sputnik Brasil
Constança Urbano de Sousa participa de um evento do Arquivo Geral das Índias em Sevilha em 3 de julho de 2017, ainda na qualidade de ministra da Administração Interior de Portugal

Incêndios em Portugal (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Número de mortes devido a incêndios florestais em Portugal sobe para 31
O porquê da demissão

A demissão foi consumada horas depois de um discurso do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em que ele chegou a pôr em causa a continuação do governo após a última onda de incêndios. "A Assembleia da República que clarifique se quer manter o governo", disse ele.

"O Presidente da República é, antes de mais, uma pessoa", disse o presidente, sublinhando que "estes mais de 100 mortos não mais sairão do meu pensamento, como um peso enorme na minha consciência, tal como no meu mandato presidencial". 

"O presidente da República pode e deve dizer que esta é a última oportunidade para levarmos a sério a floresta e a convertermos em prioridade nacional", destacou também. "Os governos passam e é crucial que a prioridade permaneça", 

Hoje às 17h00 (hora local), Marcelo Rebelo de Sousa receberá o primeiro-ministro. A mídia portuguesa sugere que a reunião pode resultar na nomeação de um substituto de Constança Urbano de Sousa. Já às 20h30, o presidente fará uma comunicação ao país.

No entanto, por todo o país, há numerosos protestos contra o governo, em particular contra o Ministério da Administração Interna (MAI).

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