NASA pretende prevenir uma catástrofe mais perigosa do que choque com asteroides

CC BY 2.0 / Michael McCarthy / Parque Nacional de Yellowstone, Wyoming, EUA
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Os cientistas da NASA estão elaborando estratégias para evitar a erupção de um supervulcão que poderia ter efeitos devastadores para o clima, escreve o The Independent.

Os investigadores acreditam que uma perfuração na base de um dos supervulcões mais perigosos do mundo, localizado no Parque Nacional de Yellowstone, poderia ser a solução para o problema. Jatos de alta pressão bombeariam água para dentro para arrefecer o vulcão, liberando calor da câmara de magma e evitando que ela expluda.

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Não obstante, de acordo com Brian Wilcox, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, perfurar um supervulcão implica numerosos perigos potenciais.

"Perfurar a parte superior da câmara de magma e arrefecer a partir daí seria muito arriscado", disse o especialista ao BBC.

Essas ações tornariam a cobertura sobre a câmera de magma mais frágil e propensa a fraturas. Desta forma, a liberação de vários gases voláteis nocivos da parte superior da câmera pode ser ativada.

Segundo Wilcox, "a ameaça do supervulcão é substancialmente maior do que a ameaça de asteroides ou cometas".

Uma erupção de um supervulcão poderia ter tais consequências como a fome mundial e a libertação de grandes quantidades de dióxido de enxofre na atmosfera. De acordo com as estimativas da ONU, as reservas mundiais de alimentos, neste caso, durariam apenas 74 dias.

O maior temor dos cientistas que estudam vulcões é a cinza espalhada pelo vento. De acordo com o pesquisador Larry Mastin, isso deve ser uma preocupação, em primeiro lugar, das pessoas que vivem na área de possíveis erupções.

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Grandes erupções ocorrem em média uma vez a cada 100.000 anos. A erupção supervulcânica mais recente teve lugar há mais de 27.000 anos em Taupo, na Nova Zelândia.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, não haverá erupções no território de Yellowstone durante séculos. No entanto, Wilcox disse que o supervulcão do Parque explode aproximadamente uma vez a cada 600.000 anos e, segundo o especialista, "já passaram cerca de 600.000 desde que explodiu pela última vez".

O plano da NASA é perfurar cerca de dez quilômetros em Yellowstone e bombear água, que será retirada lentamente.

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