Parlamentares israelenses votarão bloqueio de indenizações a 'mártires' palestinos

© AP Photo / Ariel SchalitSessão no Knesset, Jerusalém
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Um projeto de lei apresentado ao Knesset (parlamento de Israel) visa reter os pagamentos a condenados que prestam serviço nos presídios israelenses e a famílias de palestinos mortos por forças israelenses em 2015 e 2016, das receitas fiscais que Israel transfere para a Autoridade Palestina.

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A legislação, proposta em março por vários membros do Knesset, liderada pelo legislador de Yesh Atid, Elazar Stern, tem como objetivo impedir o que os autores da iniciativa acreditam ser o "programa palestino de financiamento do terrorismo".

O projeto diz que em 2016, a Autoridade Palestina pagou mais de NIS 1,1 bilhão (R$ 943 milhões) em dinheiro de ajuda para as famílias dos "mártires".

"Os fundos transferidos para os terroristas não são apenas incitadores, mas incentivam os árabes a realizar ataques terroristas. É um verdadeiro incentivo para matar judeus, e é nosso dever parar imediatamente com essa insanidade", disse Stern a jornalistas.

O projeto de lei deve ser discutido durante a próxima sessão do Knesset em meados de maio. Se for aprovado, o Ministério da Defesa será obrigado a relatar anualmente quanto dinheiro a Autoridade Palestina gastou em subsídios para os prisioneiros de segurança, de modo que o montante seja deduzido da transferência de fundos de Israel.

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De acordo com a lei, os prisioneiros de segurança encarcerados em cadeias israelenses e famílias de palestinos mortos pelas forças israelenses são elegíveis a receber subsídios.

Levantamento do Middle East Media Research Institute mostrou que os salários médios mensais variam de NIS 1.400 por um período de até três anos a NIS 13.000 por um período de 30 anos e mais.

Os palestinos afirmam que a série de ataques em 2015 e 2016 não foram movidos pelo dinheiro, mas pelo desespero durante o meio século da ocupação israelense e pelo desejo de vingar os mortos por soldados israelenses ou civis armados.

O projeto de lei foi inspirado pelo recentemente reintroduzido Taylor Force Act, nomeado em homenagem ao ex-oficial do exército dos EUA Taylor Force, que foi morto em um ataque terrorista em Jaffa, em março de 2016. Esse projeto visa bloquear o financiamento dos EUA para a Autoridade Palestina se a prática controversa não parar.
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