EUA vão julgar o Kosovo

© AP Photo / Dimitri MessinisChamas dos incêndios em resultado dos ataques aéreos da OTAN iluminam o céu de Belgrado, Iugoslávia, 24 de março de 1999
Chamas dos incêndios em resultado dos ataques aéreos da OTAN iluminam o céu de Belgrado, Iugoslávia, 24 de março de 1999 - Sputnik Brasil
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O norte-americano David Schwendiman foi apontado como promotor-chefe do Tribunal Especial de Haia para os crimes de guerra durante a guerra no Kosovo em 1998-1999.

O tribunal vai investigar os crimes cometidos contra sérvios pelos representantes do chamado Exército de Libertação do Kosovo durante e após o conflito.

No início, Schwendiman foi promotor-chefe da Força Tarefa Investigativa Especial no Kosovo e depois foi promotor de crimes de guerra na Bósnia e Herzegovina.

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A equipe de investigação especial (SITF) foi formada em 2011 para conduzir uma investigação independente sobre o tráfico de órgãos no Kosovo, que é descrito no relatório do Relator Especial do Conselho da Europa, Dick Marty.

A nomeação de Schwendiman foi comentada em uma entrevista à Sputnik pelo presidente da Comissão do Kosovo e Metohija na Assembleia da Sérvia Milovan Drecun. De acordo com ele, é muito importante saber se o novo tribunal vai aderir aos mais altos padrões internacionais:

"Se houver novamente situações semelhantes às que tiveram lugar no Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIJ), claro que não será necessário falar sobre padrões elevados. <…> Isso depende da pressão política", disse Dretsun.

O famoso advogado sérvio Goran Petronijevic, indicou em uma entrevista que ele não acredita na objetividade do novo Tribunal.

"Quem está familiarizado com o trabalho do sistema judicial em que os americanos afirmam sua predominância, como o Tribunal para a ex-Iugoslávia, ou que afetam os americanos através de suas embaixadas, sabe que os EUA determinam a política de perseguição jurídica em uma determinada região".

Anteriormente o Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia não condenou um único representante de alto nível do Exército de Libertação do Kosovo e não prestou atenção ao fato de, durante o processo, testemunhas da acusação frequentemente morrerem em circunstâncias estranhas. Ao mesmo tempo, os antigos dirigentes iugoslavos foram condenados a longas penas de encarceramentos: o ex-primeiro-ministro sérvio Nikola Sainovic, o ex-Chefe do Estado-Maior General Dragoljub Ojdanic, enquanto o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic morreu na prisão antes do veredicto.

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