Que esperar do novo ministro japonês de Relações Econômicas com a Rússia?

© AP Photo / Eugene HoshikoBandeira do Japão.
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Nas vésperas do Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok, o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe aprovou o novo posto no governo para Ministro de Relações Econômicas com a Rússia, que vai ser ocupado pelo atual ministro da Economia, Comércio e Indústria Hiroshige Seko.

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O chefe do Setor de Instituições Econômicas Internacionais do Centro de Estudos Econômicos Vyacheslav Kholodkov julga que é simplista crer que a criação deste posto signifique uma disposição real dos investidores japoneses em investir na Rússia. Este passo do Japão é invulgar, mas a chegada de investimento japonês à Rússia aumentará só em caso de o clima de investimento na Rússia melhorar.

"Por causa da crise econômica, o clima de investimento na Rússia não é muito agradável. Por isso, não se deve esperar que a criação do novo posto de Ministro das Relações Econômicas com a Rússia vá melhorar significativamente o investimento japonês na Rússia – isso é uma ilusão. Este caso não é o primeiro. Os japoneses usam frequentemente a questão das relações bilaterais para tentar convencer a Rússia: se a disputa territorial for resolvida, as relações econômicas também vão melhorar. Isto foi dito por mais de uma vez."

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A atmosfera política influência a área da economia, mas não a determina, pensa o especialista. O Japão não tem empresas estatais e o governo não pode impor às companhias privadas:

"O Japão e a China têm as relações muito mais tensas do que as russo-japonesas, mas a China ocupa 26% do mercado de produtos de alta precisão. <…> Quando o clima de investimento melhorar, as empresas japonesas vão investir sem a resolução de disputas territoriais."

Por isso, segundo o especialista, é incorreto ligar a política a e economia, a assinatura do acordo de paz não é um objetivo primordial para os nossos países. Esta questão territorial sem importância não impede a cooperação econômica e os projetos conjuntos da Rússia e do Japão.

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