Na opinião do vice-presidente do Partido Republicano Popular (PRP) da Turquia, Murat Ozcelik, a operação aérea russa contra o Estado Islâmico é muito mais eficiente e tem resultados mais significativos, ao invés das ações dos EUA e seus aliados.
As eleições antecipadas parlamentares na Turquia estão cada vez mais próximas. Ozcelik frisou que, entre as prioridades do seu partido na política externa, está a liquidação do Estado Islâmico e outras ameaças dos grupos terroristas radicais.
“É preciso liberar a Síria do 'ninho de terroristas'”. O PRP não considera que os grupos salafitas da Síria sejam moderados. Somos a favor da criação de um sistema secular e laico na Síria e estamos seguros de que os grupos salafistas não podem contribuir para a criação de tal sistema”, afirmou Ozcelik.
Abordando o assunto do Estado sírio no futuro, Murat Ozcelik disse: “O governo legítimo sírio deve ter as capacidades de fortalecer as suas posições. É uma das tarefas do PRP. A ameaça do Estado Islâmico deve ser liquidada e a influência do governo legítimo sírio deve ser expandida por todo o território do país”.
Falando sobre o possível impacto da operação aérea russa no desenvolvimento das relações russo-turcas, o político afirmou que a Rússia não é inimigo da Turquia. Está no topo da lista dos países com os quais a Turquia mantém relações abertas e amigáveis.
Por seu turno, o ex-embaixador sérvio na Turquia, Dusan Spasojevic, declarou que, sob Putin e Erdogan, as relações russo-turcas atingiram o seu melhor nível em toda a história. O que contribui para isso é o fato de que a Rússia, ao invés dos países ocidentais, nunca interferiu nos assuntos internos da Turquia e nunca fez sermões sobre o seu comportamento em diferente situações.
Ao mesmo tempo, o exército turco, considerado o segundo maior da OTAN, se comportou como um tigre de papel, disse o ex-embaixador. “A Turquia, que aspira à liderança na região, não é capaz de interferir em situações que se desenvolvem próximo das suas fronteiras”.