Líderes da OTSC chamam a atenção para uma nova corrida armamentista

Os líderes dos países membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) emitiram nesta terça-feira (15), na cimeira do organismo, em Dushanbe, no Tajiquistão, uma declaração conjunta defendendo a prevenção de uma nova corrida armamentista.

Segundo o texto assinado por Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Rússia, o aumento unilateral de sistemas de defesa antimísseis pelos Estados poderiam potencialmente ameaçar a segurança e a estabilidade internacional.

“Nós, os chefes de Estados membros da OTSC, defendemos ativamente a prevenção de uma corrida armamentista. E acreditamos que o acúmulo unilateral e ilimitado de sistemas de defesa antimísseis por países ou grupos de países poderiam prejudicar a segurança internacional e desestabilizar a situação no mundo", frisa a declaração.

A Rússia repetidamente tem manifestado a preocupação com a criação de um sistema de mísseis balísticos de defesa dos EUA na Europa. O projeto foi aprovado durante a cimeira da OTAN em 2010 e desde então motiva reclamações da Rússia, que alega estar voltado para seu território.

Um grupo de países europeus, incluindo Polônia, Romênia, Espanha e Turquia, concordou em implantar equipamentos em seu solo. A OTAN continua a reivindicar que os sistemas de defesa de mísseis balísticos são destinados principalmente a combater as ameaças do Irã e da Coreia do Norte, mas não querem formalizar esta alegação.