Donetsk e Lugansk cumprirão acordos de Minsk mesmo sem Kiev

© AP Photo / Darko VojinovicPosto de checagem da autoproclamada República Popular de Donetsk
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As autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk se dizem ainda prontas para o diálogo, mas se Kiev se recusar a participar das discussões as regiões realizarão o Acordo de Minsk por conta própria. A informação foi divulgada pelos representantes oficiais de Donetsk e Lugansk no Grupo de Contato, Denis Pushilin e Vladislav Deinego.

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“Ressaltamos que ainda estamos prontos para um diálogo, desenvolver normas de legislação eleitoral e discutir a situação de Donbass com o lado ucraniano no âmbito da reunião de Minsk, mas em caso de recusa por parte de Kiev para participar de uma discussão construtiva, vamos continuar a levar a cabo os pontos do Acordo de Minsk por conta própria", diz o comunicado.

Enquanto isso, o representante da OSCE no Grupo de Contato, Martin Saydik, declarou que o acordo sobre a retirada das armas de calibre inferior a 100 milímetros não foi assinado na reunião do grupo de contacto nesta terça-feira em Minsk. 

Denis Pushilin, por sua vez, declarou que o acordo sobre a retirada das armas de calibre inferior a 100 milímetros, proposto pelo grupo de contato, será assinado pelas autoridades de Donetsk e Lugansk em um futuro próximo. 

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Kiev está realizando, desde meados de abril, uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. 

Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.

Apesar da trégua, confrontos locais, inclusive com uso de armas pesadas proibidas pelos acordos, continuam. Um Grupo de Contato trilateral (Rússia, Ucrânia e OSCE) está encarregado de buscar uma solução para a crise.

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