Falando às margens da última rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano em Viena, Áustria, o chanceler russo disse que no contexto da crise síria, foi planejado “discutir a coordenação de ações dos Estados em vista da crescente ameaça do grupo terrorista Estado Islâmico”.
“Temos um entendimento mutuo com nossos parceiros americanos de que a situação requer mais ações (…) Não posso entrar em mais detalhes no momento. Apenas sugiro que prossigamos com as nossas consultas, e que as consultas envolvam outros Estados”, disse Lavrov.
Segundo o ministro, outro assunto discutido pelas partes foi o desenvolvimento do acordo prévio alcançado durante a visita de John Kerry a Sochi, em relação à resolução da crise na Ucrânia.
Important meeting with FM Lavrov focusing on wide range of issues. #IranTalksVienna pic.twitter.com/OgTJouLSZV
— John Kerry (@JohnKerry) 30 junho 2015
“Permanecemos firme em nossa posição de que esses acordos devem ser cumpridos exatamente do jeito que foram projetados”, ressaltou.
Além disso, Lavrov também abordou a questão dos prisioneiros russos em Guantánamo, bem como o problema mais geral dos cidadãos russos detidos sob a jurisdição americana. Segundo o chefe da diplomacia russa, Kerry prometeu analisar pessoalmente esses casos.
“Temos todas as razões para acreditar que os resultados possam ser atingidos num futuro próximo”, ponderou Lavrov.
Diplomacy laughing in #IranTalksVienna pic.twitter.com/Sz26uukRAf
— mehdi mahmoudi (@mehdimahmudi) 30 junho 2015
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão reunidos em Viena desde o dia 26 de junho para a rodada de conversações do grupo conhecido como P5+1. O objetivo é chegar a um acordo abrangente que aliviaria o Irã das sanções internacionais em troca de restrições sobre seu programa nuclear. O prazo para o acordo final havia sido planejado esta para terça-feira, mas as negociações irão se prolongar.