'Huawei está mais comprometida com Europa do que nunca', garante executivo da gigante chinesa

© AP Photo / Kin CheungUm logotipo da Huawei é exibido em uma loja de eletrônicos em Hong Kong.
Um logotipo da Huawei é exibido em uma loja de eletrônicos em Hong Kong. - Sputnik Brasil
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A gigante tecnológica chinesa vai aumentar as bases de produção na Europa em meio a restrições e controvérsias geopolíticas.

A Huawei anunciou sua decisão de construir centros de produção na Europa após uma iniciativa dos EUA para impedir que a gigante tecnológica chinesa operasse lá.

"A Huawei está mais comprometida com a Europa do que nunca. É por isso que decidimos que queremos estabelecer bases de produção na Europa, para que possamos realmente ter 5G para a Europa feitos na Europa", sublinhou Abraham Liu, um funcionário da empresa, durante a recepção de Ano Novo chinês em Bruxelas, na terça-feira (4).

Abraham Liu, que é o representante-chefe da Huawei na Europa, também afirmou que o mundo tecnológico "está cada vez mais envolvido com questões geopolíticas, negociações comerciais e diálogo diplomático entre nações".

Em uma aparente referência à Casa Branca, Liu afirmou que "a suspeita politicamente motivada não aborda os desafios futuros", exortando a Europa, os EUA e a China a "investir mais na discussão política para falar de colaboração e regras comuns".

© Sputnik / Alejandro Martinez VelezLogotipo da Huawei em uma loja da marca em Madrid
'Huawei está mais comprometida com Europa do que nunca', garante executivo da gigante chinesa - Sputnik Brasil
Logotipo da Huawei em uma loja da marca em Madrid

Na quinta-feira (30), os congressistas norte-americanos alertaram o Reino Unido sobre o "custo catastrófico" da permissão de Londres para que a gigante tecnológica chinesa forneça tecnologia 5G ao Reino Unido e participe da instalação da infraestrutura necessária em todo o país.

Anteriormente, o porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson anunciou que a iniciativa de Londres de permitir que a Huawei tivesse um papel na rede 5G do país não afeta a capacidade do Reino Unido de compartilhar dados de inteligência aos aliados com segurança.

Ainda assim, o Conselho de Segurança Nacional, em cujas discussões o premiê do Reino Unido esteve envolvido, decidiu que iria limitar a Huawei a 35% do mercado britânico. Também a União Europeia resolveu não proibir a empresa, mas advertiu que deveriam haver restrições à mesma no mercado comum.

EUA e Huawei

A Casa Branca tem acusado repetidamente a Huawei de deixar brechas nos seus produtos para permitir a vigilância pelo governo chinês, alegações que tanto Pequim como a Huawei rejeitam.

Washington limitou severamente a capacidade das empresas norte-americanas de vender software e componentes para a gigante tecnológica chinesa, exigindo-lhes que obtenham permissões especiais para fazê-lo.

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