Comparando os dados obtidos pelo satélite da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional Suomi NPP, que mostra a distribuição de ozônio, cientistas registraram a chegada da fumaça dos incêndios australianos à sua fonte.
A imagem feita com dados do satélite Suomi NPP mostra com círculo preto o ponto em que veio a fumaça após dar uma volta ao mundo, com círculo vermelho as formações de novas fumaças e com círculo verde a poeira de uma tempestade de pó.
Na imagem, tirada em 13 de janeiro de 2020, vê-se as áreas afetadas pelos incêndios (com cores marrom e preto), assim como as áreas não afetadas (verde).
Antes, a agência espacial norte-americana informou que a fumaça dos incêndios australianos atingiu 15 km de altitude, chegando à estratosfera. Segundo a agência, quando a fumaça entra na estratosfera, ela pode viajar centenas de quilômetros da fonte, afetando as condições atmosféricas por todo o mundo. Entretanto, atualmente todos os efeitos destes eventos são desconhecidos e continuam sendo estudados no que diz respeito tanto a resfriamento com a aquecimento.
A agência também notou o impacto negativo sobre a Nova Zelândia, onde a qualidade do ar piorou significativamente e a neve em cima das montanhas escureceu.
Incêndios australianos continuam desde setembro de 2019, tendo matado milhões de animais e dezenas de pessoas e afetado milhares de casas e várias infraestruturas. Há lugares em que a fumaça é tão forte que é impossível extingui-la.