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Confrontos entre houthis e forças governamentais do Iêmen deixam dezenas de mortos e feridos

© AP Photo / AP PhotoMilitares houthis, grupo responsável pelos ataques no mar Vermelho, nas proximidades da capital Sanna. Iêmen, 22 de janeiro de 2024
Militares houthis, grupo responsável pelos ataques no mar Vermelho, nas proximidades da capital Sanna. Iêmen, 22 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 27.03.2024
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Mais de dez pessoas foram mortas e outras 13 ficaram feridas no Iêmen, nesta quarta-feira (27), como resultado de novos confrontos entre forças conjuntas leais ao governo internacionalmente reconhecido do país e o movimento Ansar Allah, também conhecido como houthis.
Os confrontos ocorreram na província de Al-Dhale, no centro do Iêmen, disse uma fonte militar iemenita à Sputnik, que adiantou que três membros das forças conjuntas e oito houthis foram mortos e 13 pessoas de ambos os lados ficaram feridas.
Os combates eclodiram entre as partes na última segunda-feira (25) nas regiões de Habil Naji e Shaab Ahmed, no oeste da província de Al-Dhale, que liga o norte e o sul do Iêmen, quando três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas.
O conflito na província de Al-Dhale agravou-se poucos dias depois que o enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, apelou em sessão do Conselho de Segurança da ONU, em 14 de março, para que as partes envolvidas no conflito no Iêmen contribuíssem para a redução da escalada da violência no país.

Conflito já dura uma década

O conflito entre as forças do governo iemenita e os houthis está em curso desde 2014, diante da repressão do governo central contra a minoria xiita.
O grupo dos houthis de minoria xiita ganhou força na região norte do país, apoiado pelo Irã, e a partir de 2014, conseguiram ocupar mais de um terço do território, inclusive a capital, Sanaa.
Já do outro lado, o Conselho de Liderança Presidencial, liderado por Rashad al-Alimi, tem o apoio de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
Segundo a ONU, o conflito no Iêmencustou a vida de mais de 370 mil pessoas e causou prejuízos de US$126 bilhões à economia do país. O conflito também deixou cerca de 80% da população iemenita necessitada de ajuda humanitária em um país com cerca de 33 milhões de habitantes e mais de 64 milhões de armas, duas para cada habitante — o segundo maior índice do mundo.
Em abril de 2022, foi declarado um cessar-fogo de dois meses no Iêmen, com intermediação das Nações Unidas. A trégua foi prolongada até 2 de outubro, quando a ONU anunciou que o governo iemenita e os houthis não haviam chegado a um acordo.
O navio de apoio multiuso de bandeira holandesa Geosea (E) e a fragata da Marinha Real holandesa HNLMS TROMP (D) durante o exercício REPMUS 22 da OTAN, na Baía de Tróia, na costa do distrito português de Setúbal, 22 de setembro 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.03.2024
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Apesar do conflito, o país tem uma posição estratégica, no extremo da península da Arábia, que concentra 12% das rotas do comércio mundial de combustível, petróleo, gás e outras commodities cruciais, entre o mar Vermelho e o golfo de Áden.
O estreito do Iêmen, Bab al-Mandab, reduz em até seis dias o transporte marítimo para a Europa e os Estados Unidos e a logística tem gerado preocupação em todo o mundo nos últimos meses: por conta da guerra promovida por Israel contra os palestinos em Gaza, o grupo houthi passou a atacar navios ligados a Tel Aviv e aliados que usam a região para chegar ao canal de Suez, no Egito.
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