Chefe da NSO Group israelense nega uso de programa Pegasus para atividades de espionagem

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Espionagem - Sputnik Brasil, 1920, 21.07.2021
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Shalev Hulio, cofundador e diretor executivo da companhia israelense NSO Group, negou as acusações de que o programa Pegasus teria sido utilizado para espionar a sociedade civil pelo mundo afora.

Vários veículos de mídia publicaram uma investigação mostrando que o software Pegasus da NSO Group, utilizado por serviços de inteligência para perseguir criminosos e terroristas, foi utilizado para espionar políticos, empresários, ativistas, jornalistas e oposicionistas em todo o mundo.

"Afirmamos veementemente que eles [políticos, empresários, ativistas, jornalistas e oposicionistas] não são alvos do Pegasus, nem foram selecionados como alvos do Pegasus, ou alvos potenciais do Pegasus. Isto não tem relação com nenhum de nossos clientes ou produtos da NSO", afirmou Shavel Hulio ao Financial Times.

O diretor executivo acrescentou que a empresa se compromete a desconectar qualquer sistema caso fique comprovado que o software em causa afetou celulares de jornalistas ou políticos.

 Segundo informou previamente o Financial Times, citando suas próprias fontes, o programa Pegasus seria capaz de aceder a dados guardados na nuvem, tais como o histórico completo dos movimentos de uma pessoa, suas mensagens e fotos.

O Grupo NSO, que precisava de autorização do governo israelense para exportar seu produto considerado uma arma, sempre alegou que vendia o programa apenas para governos responsáveis para prevenção de atentados e outros crimes.

Em 18 de julho, uma investigação realizada por 17 veículos de comunicação, em colaboração com as organizações não governamentais Forbidden Stories e Amnistia Internacional, tornou públicas informações sobre o programa de espionagem israelense Pegasus.

De acordo com a investigação, o software foi utilizado por governos de pelo menos 11 países, entre eles Arábia Saudita, Azerbaijão, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Hungria, Índia, Cazaquistão, Marrocos, México, Ruanda e Togo – todos países onde é comum ouvir falar de desrespeito pelos direitos humanos, bem como de perseguição de ativistas e jornalistas.
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