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Primeira onda de COVID-19 no Hemistério Sul deve acabar em outubro, aponta estudo

© REUTERS / Pilar OlivaresVítimas da COVID-19 em cemitério de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro
Vítimas da COVID-19 em cemitério de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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A transmissão do novo coronavírus segue a mesma sazonalidade de outras doenças respiratórias, como H1N1 e gripe Influenza. O Brasil e o Hemisfério Sul devem registrar diminuição de casos a partir de outubro, com a aproximação do verão.

A informação faz parte do estudo Detecção Precoce da Sazonalidade e Predição de Segundas Ondas na Pandemia da COVID-19, coordenado pelo professor Márcio Watanabe, do Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF).

"A sazonalidade de doenças significa que existe um padrão anual onde há um momento do ano em que a doença tem uma transmissão maior. No caso das doenças de transmissão respiratória, geralmente elas apresentam uma sazonalidade típica do período de outono e inverno, ou seja, elas têm uma transmissão maior e, portanto, uma quantidade maior de pessoas infectadas nos meses de outono e inverno", explicou Watanabe em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o professor Watanabe, os modelos matemáticos mostram que a segunda onda no Hemisfério Norte será muito mais forte do que a primeira.

"A tendência é que essa segunda onda na Europa e na Ásia será maior para muitos países do que a primeira onda, porque o período de transmissão lá é de setembro até março e a primeira onda lá começou no final de fevereiro, já no final do período sazonal. E aí ela foi interrompida. Era para ser uma onda grande como no Brasil, mas foi interrompida logo no comecinho, com o efeito da sazonalidade, com um mês e meio. Aí a transmissão caiu muito e essa primeira onda ficou pela metade, por assim dizer", disse o médico.

Os gráficos do Observatório Fluminense COVID-19 mostram a curva de contágio em ascensão nos países como Índia, Rússia, Reino Unido, Itália, Espanha e França. Nos dois últimos, o número de casos já ultrapassa o pico alcançado em abril.

No Brasil e no Hemisfério Sul, por outro lado, o pesquisador aponta que, se houver uma nova onda, ela será a partir da metade de março de 2021 e terá menor intensidade.

"São vários fatores. Provavelmente, lá para abril a gente já tenha uma vacina disponível e tendo uma vacina provavelmente nós não vamos ter uma segunda onda. E caso o país tenha uma segunda, ela com certeza vai ser menor do que essa primeira onda, porque a gente já teve um surto muito grande no país, que durou desde março até agora, com um número significativo de casos, então a tendência é que a próxima onda seja menor do que essa primeira", concluiu.
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