Trump quis obter 'conquistas' com Coreia do Norte sem medidas recíprocas, afirma Pyongyang

© REUTERS / KCNAO líder norte-coreano Kim Jong-un participa de reunião
O líder norte-coreano Kim Jong-un participa de reunião - Sputnik Brasil
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A Coreia do Norte jamais voltará a beneficiar o executivo norte-americano sem receber benefícios recíprocos, afirmando que Donald Trump apenas quis promover sua imagem.

Pyongyang continua considerando as políticas de Washington como ameaça de longo prazo à segurança de seu país, o que justifica que a Coreia do Norte desenvolva suas Forças Armadas, disse o chanceler norte-coreano Ri Son Gwon, citado pela agência KCNA.

Segundo Gwon, o presidente norte-americano Donald Trump apenas se preocupou em promover sua imagem, ao mesmo tempo que isolava e enfraquecia a Coreia do Norte.

"Nunca mais forneceremos a um chefe do executivo norte-americano outro pacote [de medidas] para ser usado como conquista sem receber nada em troca. Nada é mais hipócrita do que uma promessa vazia", disse, segundo a agência Reuters.

Daniel Russel, principal diplomata norte-americano para a Ásia Oriental até o início da administração Trump, concordou com a avaliação.

"A alegação de Trump de ter 'resolvido' o problema da Coreia do Norte lhes dá vantagem", comentou.

Na quinta-feira (11) o Departamento de Estado norte-americano declarou à agência sul-coreana de notícias Yonhap que continua aberto a uma "abordagem flexível para se chegar a um acordo equilibrado". A Coreia do Norte, por sua vez, avisou os EUA para "não se intrometerem" na relação entre as duas Coreias, de forma garantir a "realização tranquila" das eleições presidenciais de novembro.

Ramon Pacheco Pardo, um especialista em assuntos coreanos do King's College London, considera que a Coreia do Norte está disposta a seguir qualquer opção, desde um processo diplomático até seguir desenvolvendo seu programa nuclear, mas que os EUA estão "determinados em exacerbar a situação".

Relações recentes

Em 2017 Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-um se envolveram em insultos mútuos depois que o desenvolvimento de programas de mísseis e ogivas nucleares por Pyongyang levou o presidente norte-americano a aprofundar as sanções.

Em junho de 2018, em um primeiro encontro de um líder dos EUA com o presidente da Coreia do Norte na cúpula de Singapura, as relações melhoraram, mas sem conclusões concretas.

Mais tarde, na cúpula no Vietnã, em fevereiro de 2019, as relações entre os dois países voltaram a piorar depois que os EUA exigiram que a Coreia do Norte renunciasse a todas as armas nucleares, com a Coreia do Norte exigindo a remoção de todas as sanções.

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