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Pandemia de novo coronavírus não tem necessariamente a ver com gravidade, diz infectologista

© AP Photo / Ahn Young-joonCrianças usando máscaras para se proteger do coronavírus em uma escola da Indonésia
Crianças usando máscaras para se proteger do coronavírus em uma escola da Indonésia - Sputnik Brasil
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou nesta quarta-feira (11) que a organização elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus como pandemia.

O anúncio surgiu após mais de 120 países terem declarado casos de infecção.

Segundo Edimilson Migowski, infectologista e professor da UFRJ, a mudança de classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o novo coronavírus tem apresentado.

"Pandemia leva em consideração a incidência e distribuição da doença e não necessariamente a gravidade", explicou à Sputnik Brasil.

Edimilson Migowski diz acreditar que os aportes financeiros a pesquisas sobre o novo coronavírus tendem a aumentar a partir da declaração de pandemia.

"Faz com que o mundo abra mais as portas e os ouvidos para ouvir a orientação da OMS e medidas de prevenção. Existe também a possibilidade de um aporte maior de recursos da pesquisa, no desenvolvimento de novas vacinas, novos medicamentos. Quando se fala em pandemia há uma natural mobilização de todos os países e faz com que essa informação circule de uma forma mais eficiente", disse.

Muito se discute também a possibilidade de adiamento de grandes eventos para evitar a disseminação do novo coronavírus. Nesta terça-feira (10), a organização do festival de música Coachella, por exemplo, decidiu adiar o evento que aconteceria em abril, nos Estados Unidos.

Já a prefeitura de Paris emitiu um decreto que proíbe eventos com a presença de mais de 1.000 pessoas.

De acordo com Edimilson Migowski, ainda não há necessidade de tomar medidas deste tipo na América do Sul.

"A gente precisa reavaliar a cada momento e nesse momento, com o perfil epidemiológico da América do Sul, eu acho desnecessário a suspensão[de eventos], mas eu posso mudar de ideia daqui a uma semana, os dados são muito dinâmicos, mas não tem como nesse momento a gente fazer uma previsão. O temor que eu tenho é que com a temperatura mais baixa a gente tenha maiores aglomerações e maior facilitação da transmissão do vírus de uma pessoa para outra", afirmou.
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