Vestígios de povo 'do subsolo' são encontrados na Sibéria

© AP Photo / Dmitry LovetskyМаленький ненец сидит на санях в День оленевода в городе Надым
Маленький ненец сидит на санях в День оленевода в городе Надым - Sputnik Brasil
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Arqueólogos russos encontraram vestígios do misterioso povo sikhirtia, que estão entre os mitos dos atuais habitantes do Extremo Norte da Rússia.

A descoberta ocorreu no noroeste da península siberiana, e trata-se de uma caverna reforçada com uma estrutura de madeira, bem como de diversas ferramentas de trabalho, incluindo algumas feitas de ossos de mamutes.

"São os monumentos mais orientais das culturas divulgadas em [na península de] Yamal [ao oeste de Taimyr] ao longo da costa do Ártico", e que se referem ao povo sikhirtia, segundo Danil Lysenko, que ressaltou que esse povo "vivia no subsolo".

Uma datação por radiocarbono indica que a descoberta faz parte do século XIV, data que marca o fim de um período relativamente quente e de uma queda nas temperaturas na região, iniciando a Pequena Era do Gelo.

Os habitantes da região viviam da caça de focas e ursos polares, sendo o único assentamento da península que não estava ligado à caça de renas.

© Sputnik / Serviço de imprensa da região autônoma russa de Yamalo-Nenets / Acessar o banco de imagensCratera na região autônoma russa de Yamalo-Nenets
Vestígios de povo 'do subsolo' são encontrados na Sibéria - Sputnik Brasil
Cratera na região autônoma russa de Yamalo-Nenets

Atualmente, a região conta com um antigo santuário onde os habitantes ofereciam como sacrifício patas e cabeças de ursos, bem como renas e asas de aves.

"É um ritual antigo e arcaico que, aparentemente, os nenets herdaram da etnia anterior, os sikhirtias", explicou Lysenko.

Nas lendas, os sikhirtias são descritos como pessoas de estatura baixa, ruivos e olhos claros, que praticavam o xamanismo, e viviam debaixo das colinas, saindo apenas durante a noite.

Além disso, eles criavam mamutes, pescavam, trabalhavam como ferreiros, tinham trenos de cães e decoravam as portas das casas com presas de mamutes e, às vezes, mantinham contato com o povo local.

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