Por que é que Irã integra lista de países que representam ameaça terrorista para os EUA?

© AP Photo / Ebrahim NorooziPresidente iraniano no fim da conferência em Teerã. Espera-se a implementação do acordo histórico que dará um novo impulso à economia no Irã.
Presidente iraniano no fim da conferência em Teerã. Espera-se a implementação do acordo histórico que dará um novo impulso à economia no Irã. - Sputnik Brasil
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Na sexta, o presidente dos EUA Donald Trump emitiu um decreto sobre defesa dos EUA do terrorismo que prevê não permitir a entrada de terroristas radicais no país.

Em particular, o documento suspende o acolhimento a refugiados da Síria por um prazo indeterminado e de outros países por 120 dias. Além disso, o decreto proíbe a entrada por 90 dias dos cidadãos de países que apresentam "preocupações especiais". Segundo a mídia, se trata da Síria, Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.

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O Irã, que foi incluído na chamada lista de países de origem "das ameaças terroristas", reagiu instantaneamente a essa medida por parte dos EUA. O embaixador da Suíça Júlio Haas, que representa os interesses dos EUA em Teerã, foi chamado ao Ministério das Relações Exteriores do Irã e recebeu uma nota de protesto em relação ao decreto do presidente norte-americano Donald Trump que limita a entrada dos cidadãos iranianos nos EUA.

"É possível que esse decreto possa ser sido aprovado por Trump sob influência do 'lobby sionista', que é muito poderoso nos EUA. Este documento não pode contribuir para a manutenção da paz, segurança e estabilidade nos EUA porque não representa os interesses de todas as categorias de cidadãos desse país. Além do mais, lembramos como os representantes da Califórnia assinalaram uma petição para se separarem dos EUA. Também vários outros estados norte-americanos, com maioria de população muçulmana ou afro-americana se manifestam pela saída dos EUA", acrescentou o analista político Hassan Hanizadeh à Sputnik Pérsia.

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Outro analista político e observador do portal analítico IranianPolicy.net, Sajjad Tayeri, ficou surpreendido por os cidadãos da Arábia Saudita não terem sido incluídos na lista.

"O tribunal provou que o Irã não teve nenhuma ligação com os ataques terroristas de 11 de setembro. Os executores desse atentado eram cidadãos da Arábia Saudita. Entretanto, a Arábia Saudita não figura no decreto do presidente norte-americano, mas há o Irã que, de fato, não pode ser considerado como um país que introduz o terrorismo nos EUA, porque nossos cidadãos não tiveram qualquer participação dos atentados", adiantou à Sputnik Pérsia Sajjad Tayeri.

Ele acrescentou também que este decreto do presidente norte-americano parece ser uma tentativa para fazer favores a Israel e a países que são financiadores do terrorismo, como a "Arábia Saudita e uma série de países do Golfo Pérsico".

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