Made by Apple: 'emoji' das Malvinas com bandeira britânica causa indignação dos argentinos

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Os novos “emojis”, ou seja, os ideogramas de comunicação dos dispositivos da Apple, não param de aparecer. Na lista de emoji, você pode encontrar sua fruta favorita e até mesmo seu signo do horóscopo. A ferramenta, que deveria alegrar seus usuários, conta com um emoji que está causando indignação de muitos argentinos.

Porém, segundo foi revelado pela base de dados Emojipedia, o ícone se encontra entre as bandeiras dos diferentes territórios e países do mundo desde o ano de 2015.

​"Esta é a bandeira que a Inglaterra coloca nas ‘suas' Ilhas Malvinas, agora na versão 'emoji do whatsapp'."

Entretanto, a repercussão se desencadeou ao longo dos últimos dias, quando o conhecido apresentador de TV, Marcelo Tinelli, publicou um tweet expressando seu desconforto pela existência do ícone.

"É verdade que Whatsapp introduziu as bandeiras das Ilhas Falkland e das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul? ESSAS ILHAS SÃO ARGENTINAS."

O apresentador não foi a única pessoa a expressar seu descontentamento com a bandeira no teclado dos aplicativos da Apple que aparece ao usar tais serviços como iMessage ou Whatsapp. Outros argentinos também a repudiaram de maneira categórica.

​"um emoji com a bandeira da Inglaterra e ao lado as Malvinas, que falta de respeito sabendo que foi algo roubado e morreram milhares de jovens."

​"Dá raiva que uma rede como Whatsapp ponha como emoji a bandeira pirata das Malvinas. É como se pusessem a do Estado Islâmico. #BoaSegunda"

Durante conversa com a Sputnik Mundo, o secretário das Relações Institucionais do Centro de Veteranos das Ilhas Malvinas e de La Plata, Ernesto Alonso, afirmou que o emoji da bandeira está ligado a uma "pretensão" do Reino Unido de legitimar "o direito à autodeterminação" do povo que vive em um "território usurpado em 1833" e ocupado "desde a data".

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O veterano apontou que a população britânica das Malvinas chegou ao território "depois de 1833 e pela força", provocando o deslocamento dos "crioulos argentinos".

Ele recordou sobre a existência de numerosas resoluções emitidas pela ONU "que reconhecem a colonização forçada e incitam as partes a dialogarem".

"O que o Reino Unido deve fazer é sentar-se e negociar com a Argentina sobre esta questão de soberania e não pretender atuar através das redes sociais para nos impor um país que não existe e é de fato uma colônia", resumiu Alonso.

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