Manifestações de amamentação em grupo foram registradas no México, Argentina, Brasil e Uruguai. A maioria reclama da reprovação enfrentada por mulheres enquanto amamentam seus filhos em lugares públicos. A manifestação mais significativa juntou cerca de 500 mulheres que resolveram promover uma 'teteada em massa'. Este foi o nome que recebeu a iniciativa, realizada na cidade argentina de San Isidro, em apoio a uma mãe que foi interrogada por policiais por dar de mamar a seu filho em uma praça.
Em 2014, tal protesto foi realizado no Chile:
No Brasil, o protesto ocorreu em um shopping na região sul do país, em julho. A razão foi a mesma: um guarda de segurança pediu para que a mãe, que estava amamentando seu filho, fosse embora da praça de alimentação do shopping. A mulher, indignada, escreveu em sua página do Facebook, mencionando a existência de lei local que permite a amamentação em lugares públicos. Não demorou muito para que a reclamação da mãe se tornasse viral nas redes sociais, impulsionando a realização do protesto no mesmo centro comercial, de onde ela foi obrigada a sair.
"Amamentar em público é muito mais aceito na América Latina do que nos Estados Unidos, mas acho que vem ressurgindo uma onda conservadora que tenta recolonizar o corpo feminino", considerou em entrevista à Sputnik Mundo, a socióloga brasileira Natália Mori, que viveu nos Estados Unidos de 2012 a 2016 com seus dois filhos pequenos.
"Lá é um horror. As mulheres literalmente se escondem. Há uma concepção moralista diferente, como se fora um ato de perversidade", contou. De fato, há todo um mercado de acessórios para tapar o peito durante a amamentação em público nos EUA.
Enquanto centenas de mães têm ocupado lugares públicos para dar de mamar simultaneamente, como forma de reivindicar os seus direitos, a hashtag #teteadamasiva se consolida como um protesto permanente nas redes sociais. No Instagram, há milhares de fotos de mulheres amamentando seus filhos. A deputada argentina Victoria Donda é uma delas.
No Facebook, usuários relataram que a plataforma de Mark Zuckerberg bloqueou suas contas temporariamente após a publicação das imagens.
Mulheres com visibilidade pública deram sua contribuição à causa através das suas áreas de trabalho, entre elas, parlamentares da Argentina, Brasil, Espanha e, mais recentemente, da Islândia. Dois jornalistas argentinos, durante transmissão de noticiário, prestaram solidariedade à causa:
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)