Um pedaço da tragédia síria no metrô da capital argentina

© Sputnik / Patricia LeeExposição no metrô de Buenos Aires "Refugiados, um minuto na Síria"
Exposição no metrô de Buenos Aires Refugiados, um minuto na Síria - Sputnik Brasil
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Uma exposição no metrô de Buenos Aires, intitulada "Refugiados, um minuto na Síria", mostra aos argentinos a triste realidade enfrentada pelo país árabe já há cinco anos.

Você pode imaginar como é ver a guerra através da janela da sala de estar da sua casa? Esta é a triste realidade enfrentada por muitos sírios há cinco anos. A Anistia Internacional resolveu levar ao agitado metrô de Buenos Aires um pedaço desta tragédia.

"Esta exibição permite a qualquer um que passe pelas galerias da estação do metrô Carlos Pellegrini (linha B) entrar em uma casa na Síria e ver através de sua janela o mesmo que hoje pode ver uma pessoa na Síria", explicou a organização em um comunicado.

"Esta exibição me parece muito interessante para conhecer a realidade da Síria. Eu conheço o assunto porque estudo Direito e estou interessada nestas questões, mas outras pessoas só descobrem aqui mesmo a realidade enfrentada na Síria", disse Lúcia à Sputnik Mundo, uma estudante da Universidade de Buenos Aires.

Ramiro, estudante de Medicina, é mais um dos visitantes da exposição que afirmou que a exposição "está muito bem feita e transmite bem a ideia que se quer compartilhar".

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Exposição no metrô de Buenos Aires Refugiados, um minuto na Síria - Sputnik Brasil
Exposição no metrô de Buenos Aires "Refugiados, um minuto na Síria"

A exposição foi definida por seus organizadores como "uma experiência mobilizadora" e é composta de uma sala de estar de uma casa síria, onde, da janela, é possível avaliar os estragos da guerra. Um sensor de movimento faz com que as cenas e sons do conflito sejam alternados.

Esta ação se realiza no âmbito da campanha "eu te dou as boas-vindas" da Anistia Internacional, que pretende mostrar ao público a situação em que vivem refugiados, que, segundo a organização, são mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo.

Na exposição é possível também conhecer a história da pequena Sham, uma entre as muitas histórias que se escondem por trás do êxodo de milhares de sírios que fogem à Europa para se libertarem dos horrores da guerra.

​"Sham deveria viajar à Alemanha para se encontrar com o seu pai, mas ficou presa em um terminal de transbordo no principal aeroporto de Atenas. Mais da metade dos refugiados são crianças", escrito em um dos painéis informativos.

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Exposição no metrô de Buenos Aires "Refugiados, um minuto na Síria"

A exposição ficará aberta até o dia 27 de setembro no átrio de Galeria Obelisco Norte, no metrô da capital argentina, logo abaixo do emblemático Obelisco.

O compromisso do Governo argentino

A ministra das relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, reafirmou perante a Assembleia Geral da ONU, o compromisso de seu Governo de acolher 3.000 refugiados que fugiram da guerra na Síria.

"Estamos trabalhando em um plano de refugiados para a Argentina", que "em um momento, foram encontradas limitações, mas agora estamos ampliando, fazendo com que contemos com associações, igrejas, outros tipos de possibilidades para os refugiados", explicou ela.

"Há vários governadores que aderiram ao projeto, porque eles têm a presença importante da população, tanto síria como libanesa, por isso querem fazer parte; estamos trabalhando com a sociedade civil, com as igrejas, com o Centro Islâmico", acrescentou Malcorra.

A Síria vive uma guerra civil desde 2011. Um cessar-fogo negociado por Rússia e EUA entrou em vigor na Síria em 27 de fevereiro. A trégua teve o apoio do governo sírio e de dezenas de grupos de oposição, porém não contempla os grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra (proibidos na Rússia e em muitos outros países). Recentemente, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, revelou que o número de mortos no conflito sírio já chega a 400 mil.

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