Capital da China afunda onze centímetros todos os anos

© REUTERS / Shin Young-Geun/Yonhap Um pardal bebendo água de grifo em Suwon, Coreia do Sul, em 26 de maio de 2015.
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Pequim está gradualmente naufragando porque a cidade usa demasiado volume de água, informou uma pesquisa recente.

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A capital chinesa é uma das cidades do mundo que mais sofrem da escassez de água, tendo em conta o fato de a maioria da água consumida (até dois terços) chegar de solos e formações rochosas localizadas abaixo da cidade.

O uso de água por Pequim desde lençóis de água para fins industriais, agricultura e usos domésticos deixa o país submergindo desde 1935.

Mesmo assim, o ritmo está aumentando com o crescimento da população. Esta, em 1935, era de cerca de 5,6 milhões de pessoas, aumentando para 10,8 milhões até 1990.

Nos anos recentes, foi registrado também o crescimento urbano: no início de 2016 a população de Pequim atingiu cerca de 21,7 milhões, enquanto em 2010 era de 19,6 milhões e em 2000 – 13,6 milhões de habitantes.

Em uma pesquisa relativa ao problema, recentemente publicada no jornal Remote Sensing, um grupo internacional de cientistas aplicou uma tecnologia de radar geralmente usada para criar mapas da superfície de uma cidade.

"A região de Pequim estava sofrendo de afundamento do solo devido à sobre-exploração de águas subterrâneas desde 1935 e, o que é mais sério, o ritmo e extensão do afundamento mostra uma tendência crescente. O afundamento do solo é uma ameaça geológica severa que prejudica a segurança das infraestruturas públicas e urbanas," se lê na pesquisa.

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O problema da água não ameaça apenas Pequim, que é a quinta cidade que sofre de mais falta de água no mundo: as cidades de Xangai, Tianjin e Taiyuan afundaram mais de dois metros, desde o início dos anos de 1900, como resultado de excessivo uso da água subterrânea.

Assim, em 2015, as autoridades da China começaram a execução de um projeto de transporte de água do sul do país, mais árido, para o norte mais industrializado. O projeto visa tornar o processo de afundamento mais lento para prevenir possíveis ameaças às cidades da China.

A nova infraestrutura usará três sistemas de canais que irão garantir o transporte de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água potável anualmente do rio Yangtzé, o maior na Ásia e que atualmente irriga as regiões mais férteis da China.

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