Por que tem gente boa e gente má?

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Matemáticos do Reino Unido criaram um modelo de computador que mostra que algumas pessoas podem ser geneticamente programadas para o bom comportamento, enquanto outras, devido a características do DNA se tornam más.

O artigo foi publicado na revista PLoS Computational Biology.

Tem sido aceite que a maioria dos mamíferos, exceto seres humanos e alguns primatas superiores, não estão dispostos a ajudar os seus semelhantes e não suportam amizades fora de seus bandos. Nos últimos anos os cientistas têm realizado muitos "testes de altruísmo", envolvendo chimpanzés e outros macacos, bem como bebês e crianças.

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Alguns dos experimentos mostraram que os macacos são capazes de ajudar os outros desinteressadamente, outros confirmaram "o egoísmo animal" dos primatas. Por outro lado, as crianças recebem um sentimento de altruísmo já aos 15 meses, indicando a extrema importância de tais traços psicológicos, da capacidade de ser gentil com os outros, para a evolução e sobrevivência da humanidade. Por esta razão, os cientistas estão tentando ativamente entender o que faz as pessoas ajudar seus próximos estudando o comportamento de diferentes animais e até bactérias.

Sasha Dall da Universidade de Exeter (Reino Unido), matemático por formação, e seus colegas dizem que eles conseguiram criar um modelo matemático que explica a existência não só de pessoas boas, mas também de pessoas más na nossa sociedade, examinando o comportamento de formas "coletivas" de micróbios.

Segundo dizem os cientistas, na nossa sociedade e entre os animais existem tanto aproveitadores claramente definidos, quanto altruístas que habitam de forma relativamente pacífica uns com os outros, apesar da exploração cruel dos bonachões pelos papa-jantares. Na sua existência, como acreditam os autores do artigo, estão envolvidos fatores genéticos que empurram a pessoa no sentido do egoísmo ou do altruísmo.

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O modelo preparado por Doll e seus colegas mostra que esse comportamento pode realmente ser determinado por diferenças na estrutura de um ou mais genes, e que todas as características da interação e do modo como se comportam as pessoas geneticamente boas e más podem ser reproduzidas em computador, incluindo a "coexistência pacífica" de uns com os outros.

"A teoria da evolução social nunca levou em conta a possibilidade de o nosso comportamento poder ser afetado pelo polimorfismo genético e mutabilidade. Nós desenvolvemos um modelo que nos permitiu testar e provar isso, e agora esperamos confirmar estes resultados de modo experimental, no decurso de experiências com animais ou micróbios ", conclui Olof Leimar da Universidade de Estocolmo (Suécia).

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