Tesouro da ‘Atlântida egípcia’ volta a ver a luz

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Arqueólogos britânicos apresentaram os primeiros resultados das suas escavações subaquáticas nas cidades helênicas de Canopus e Thonis—Heraclion, afundadas no Mar Mediterrâneo por volta do oitavo século A.C., escreve a revista Nature.

Fundadas por colonizadores gregos e macedónios no tempo de 26ª dinastia dos faraós egípcios, as cidades sobreviveram à ocupação do país, primeiramente pelas forças persas e depois por Alexandre, o Grande, antes de serem conquistadas por Roma durante o reinado da rainha Cleópatra.

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Depois, em 750-800 A.C., as cidades ficaram misteriosamente submersas alguns metros no Mar Mediterrâneo e a localização delas permanecia desconhecida durante séculos até que uma equipa de arqueólogos britânicos e franceses começou as escavações de grande escala no delta do Nilo.

Os mergulhadores, usando sonares laterais, magnetômetros de ressonância magnética nuclear e outros instrumentos avançados, conseguiram recuperar milhares de artefatos, que incluem  centenas de ornamentos de ouro e de prata, bem como mais de 750 âncoras e 69 navios, a maioria dos quais remontam ao 6-2 séculos A.C.

Nesta semana, o Museu Britânico de Londres abriu uma exposição, apresentando o tesouro, no qual se incluem alguns monumentos de pedra dos faraós e deuses egípcios. Muito curiosa é uma estátua de Hapi, deus do Nilo, que olhava do alto para os portos das duas cidades, semelhante ao Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou ao Colosso de Rodes, deus-titã grego.

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Mesmo depois de 15 anos das escavações, os cientistas não sabem a razão porque Canopus e Thonis-Heraclion se afundaram. Muitos atribuíram isto ao terramoto que aconteceu nos anos 796-797 A.C. e destruiu um farol gigantesco, Pharos de Alexandria, e que, provavelmente, desestabilizou o solo argiloso no delta do Nilo, levando à submersão  das duas cidades.
Tendo escavado só cinco por cento desta “Atlântida” antiga, os cientistas estão mesmo no início da sua pesquisa, escreve a revista.

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