Sputnik: Na sua opinião, por que razão a atividade do Daesh aumentou agora? Será que a situação está ligada com as negociações sobre a Síria, realizadas neste momento em Genebra?
Abidin Uslu: Não posso dizer porquê, mas é evidente que precisamos mudar a nossa política externa, que não pode garantir a nossa segurança. E, no que se refere às negociações em Genebra, tendo em conta a maneira como estão sendo realizadas, é pouco provável que deem resultado Não penso que as negociações, na presente composição, possam garantir a regulação na Síria.
S: Como estão agora os habitantes de Kilis?
AU: Estão em pânico. Só temos esperança em Alá.
S: Vocês se dirigiram ao Governo?
AU: Sim, muitas vezes, protestámos, mas em vão. Ninguém nos ouve, nenhuma medida está sendo tomada. As bombas continuam caindo. Ninguém quer saber de nós, estamos como que condenados. Todas as manhãs acordamos com bombardeamentos.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a se fortalecer até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.
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