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Países do Mercosul se unem para combater aumento de acidentes de trânsito

© AFP 2023 / Norberto DuarteBandeiras dos países do Mercosul
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Os países do Mercosul – Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai –assinaram um acordo para reduzir o número de mortes por acidentes de trânsito, principalmente entre os jovens. O ministro da Saúde do Brasil explicou o objetivo do documento.

De acordo com dados da OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde, os acidentes de trânsito já são a segunda causa de morte entre os jovens, ficando atrás apenas de homicídios.

Em 2013, os jovens brasileiros na faixa etária entre 18 e 24 anos representaram 17% do total das vítimas fatais relacionadas a acidentes, o que representa 42.291 pessoas.

De 2008 a 2013, o número de internações no Brasil devido a acidentes de transporte terrestre aumentou em 72,4%. Somente em acidentes envolvendo motocicletas, o índice chegou a 115%.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explica que a parceria do Brasil junto aos países do Mercosul tem como objetivo assumir o compromisso de ampliar as medidas de prevenção e combate aos acidentes. “Nós estabelecemos um acordo de que cada país agora vai estabelecer estratégias para enfrentar o problema de acidentes de trânsito, os acidentes de motocicletas e a redução de danos às vítimas de acidentes de trânsito, principalmente os jovens”, disse o ministro. “As mortes por acidentes de trânsito já são a primeira causa de óbitos no grupo de 15 a 29 anos, exatamente pelo crescente número de motocicletas e pela baixa fiscalização, pelas baixas medidas que são adotadas no controle do uso da motocicleta. Da associação entre a direção e o uso de álcool e drogas. Portanto, os países-membros do Mercosul assumem o compromisso de internacionalizar medidas. São medidas mais amplas do que as que nós tomamos especificamente na área da saúde, mas que vão permitir reduzir o número de mortes e o número de danos causados às vítimas de acidentes de trânsito.”

Conforme dados do Informe sobre Segurança no Trânsito na Região das Américas, publicado este ano pela OPAS, em comparação com os países do Mercosul, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking na taxa de mortalidade por acidentes de trânsito, o equivalente a 22,5 por 100 mil habitantes. Em 2009, o índice era de 18,3 óbitos por 100 mil habitantes, e o país ocupava a quarta colocação no ranking. Hoje, só perde para a Venezuela, que tem uma taxa de 37,2 mortes para cada 100 mil habitantes. Em seguida vêm o Uruguai, com 21,5 mortes, e o Paraguai, com 21,4 mortes a cada 100 mil habitantes.

Por conta do problema, em 2013 o SUS – Sistema Único de Saúde registrou 170.805 mil internações por acidentes de trânsito, com um gasto de R$ 231 milhões no atendimento às vítimas. Do total de internações, 88.682 foram acidentes decorrentes de motos, gerando um custo ao SUS de R$ 114 milhões.

Nas Américas, a maior proporção das mortes no trânsito, 42%, ocorre entre os ocupantes de automóveis; 23% com pedestres e 15% com usuários de veículos de duas ou três rodas. Já os usuários vulneráveis de vias públicas, que englobam pedestres, ciclistas e usuários de veículos de duas ou três rodas, representam 41% de todas as mortes no trânsito. Desde 2010, o Ministério da Saúde conta com o Projeto Vida no Trânsito, que tem como objetivo ajudar os gestores nacionais e locais nas ações de vigilância, prevenção de lesões e mortes no trânsito.

Em 2011, os países-membros da Organização Pan-Americana da Saúde aprovaram o Plano de Ação sobre Segurança no Trânsito, para ajudar  os países da região a alcançarem as Metas da Década de Ação da Segurança no Trânsito 2011–2020. Com a adoção das propostas, a expectativa é de que 5 milhões de vidas sejam salvas até 2020.

Em novembro de 2015, o Brasil vai sediar a 2.ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados, que tem como objetivo revisar o progresso feito pelos países na implementação do plano e avaliar o andamento das iniciativas para redução das mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo o mundo.

A conferência vai abordar o tema da segurança no trânsito de forma multissetorial, sob os aspectos da saúde, transportes, educação, mobilidade, infraestrutura, segurança e legislação. Além disso, vai promover o desenvolvimento de indicadores e metas nacionais e globais, e examinará a criação de mecanismos inovadores de financiamento.

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