A EpiVacCorona, segunda vacina contra a COVID-19 a ser registrada na Rússia, poderá ser adaptada às futuras cepas do vírus em apenas um dia, segundo Rinat Maksyutov, diretor do Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor, Rússia, em entrevista à Sputnik.
"Se ocorrer uma mutação do vírus dentro das áreas em que selecionamos os nossos peptídeos, [...] a composição da vacina pode ser atualizada em não mais que um dia", contou.
É necessário administrar duas doses da vacina em um intervalo de 21 dias, aponta Maksyutov. O cientista também garantiu que é inteiramente seguro se revacinar com a EpiVacCorona para fortalecer a defesa.
Maksyutov referiu, no entanto, que produzir os peptídeos e fabricar as vacinas, bem como realizar estudos com a nova formulação, levaria tempo.
"Espero que consigamos nos limitar a um estudo restrito, por analogia com aqueles feitos com vacinas contra a gripe sazonal quando há uma mudança de cepa. Mas como não há precedentes com vacinas contra o coronavírus, será mais difícil explicar, [então] tudo dependerá do regulador [russo]", detalhou.
COVID-19 sazonal?
O diretor do Centro Vektor assume que a infecção pelo SARS-CoV-2 se tornará eventualmente sazonal, mais branda ou assintomática, com o vírus podendo se espalhar mais, em vez de simplesmente matar o anfitrião.
"Uma mutação não é necessariamente má, pode ser boa", disse o pesquisador.
Mais de cinco mil mutações do novo coronavírus foram detectadas na Rússia até o momento, de acordo com Maksyutov.
Vacina nasal
Além disso, Rinat Maksyutov revelou que o Centro Vektor está desenvolvendo uma versão nasal da EpiVacCorona.
"Sim, agora começamos a desenvolver a vacina na forma de gotas, ou seja, para aplicação nasal. A composição do principal ingrediente ativo da vacina não mudará [em relação à vacina EpiVacCorona]", relatando ainda que a imunidade será criada nas membranas mucosas, que são as portas de entrada para a infecção.
A vacina EpiVacCorona é produzida pelo Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor. Ela não contém vírus vivo, e cria imunidade através do uso de peptídeos sintetizados artificialmente.
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