A Rússia fez durante vários anos propostas à OTAN para realizar negociações, a aliança não respondeu, afirmou à Sputnik o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko.
"Estamos preparados para discutir as questões de desescalada, fizemos propostas concretas de que estamos preparados para realizar negociações e consultas, tanto com a OTAN, como com países individualmente, sobre a melhoria dos mecanismos para prevenir incidentes militares perigosos, considerando, claro, o aumento da atividade nas zonas de contato, principalmente na região do Báltico e no mar Negro", disse Grushko.
"Fizemos [propostas] durante vários anos, foi todo um conjunto de propostas de nossos militares, dissemos isso várias vezes", destacou o vice-chefe do MRE russo.
A Rússia está realizando consultas com alguns países da OTAN em separado, elas estão sendo melhoradas, segundo Grushko.
"Com alguns [países] tais consultas estão sendo realizadas, mas a aliança como tal não reagiu positivamente a nossas propostas. Embora estivéssemos preparados para essa variante", revelou o diplomata russo.
Além disso, Grushko declarou que a causa principal de a reunião do Conselho Rússia–OTAN não ter sido realizada foi a falta de negociações, o principal foi os contatos pela linha militar terem sido cortados.
Anteriormente, o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg revelou, em seu relatório sobre os resultados de 2020, que a reunião do Conselho Rússia-OTAN não foi realizada por culpa do lado russo.
"O problema principal hoje é que os contatos pela linha militar estão completamente cortados. Em muitos aspectos, esse é o obstáculo principal para um diálogo político no Conselho", afirmou Grushko.
Grushko destacou que Moscou está pronta para "melhorar realmente o entendimento da tendência da atividade militar um do outro", mas para isso a OTAN precisa reestabelecer contatos pela linha militar, dando "esse primeiro passo mínimo".
"Caso contrário, tudo isso pertencerá à esfera de um gênero puramente verbal, que por si mesmo não melhorará de maneira nenhuma a situação na Europa", afirmou o vice-chefe do MRE russo.
Falando da Ucrânia, Grushko disse que a OTAN gostaria de discutir o conflito no país, mas o papel da aliança nesse âmbito é "destrutivo". A ajuda da OTAN aos grupos beligerantes em Kiev contradiz o cumprimento dos acordos de Minsk e encoraja sua sabotagem.
"A ajuda que é fornecida pela OTAN aos grupos mais beligerantes em Kiev contradiz o objetivo da procura de uma resolução política, o cumprimento dos acordos de Minsk e, de fato, encoraja as autoridades de Kiev a continuar sabotando o conjunto de medidas de Minsk", segundo Grushko.
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