"Nós prestamos atenção a uma informação em mídias japonesas de que Tóquio e Washington poderiam discutir no futuro próximo a questão das perspectivas de instalação de mísseis norte-americanos no Japão, tal como segue do contexto, nós nos baseamos em publicações nas mídias japonesas, trata-se provavelmente de meios de médio alcance baseados em terra", disse Maria Zakharova durante coletiva de imprensa.
"Nesse âmbito, queríamos ressaltar mais uma vez que o posicionamento de mísseis terrestres norte-americanos de alcance médio e intermediário em qualquer configuração em várias regiões do mundo, inclusive na Ásia-Pacífico, teria um efeito extremamente desestabilizador do ponto de vista da segurança internacional e regional. Isto provocaria uma nova rodada na corrida armamentista com consequências imprevisíveis", adicionou a representante oficial.
Segundo suas palavras, tal cenário não fortalecerá nem a segurança norte-americana, nem a de seus aliados.
"Entretanto, o surgimento de ameaças de mísseis adicionais para o território russo, sem dúvidas, desencadeará uma reação de nossa parte. Nós apelamos de novo a todas as partes interessadas para uma busca conjunta das vias de regulação político-diplomática da situação criada após Washington provocar o colapso do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário [Tratado INF]. Nós também continuamos abertos para um trabalho construtivo e em pé de igualdade para a restauração da confiança e o reforço da segurança internacional e estabilidade estratégica no mundo após o Tratado INF", ressaltou Zakharova.
Em agosto de 2019, os EUA, por iniciativa própria, decidiram abandonar o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, criado no final da Guerra Fria com o intuito de pôr limites aos arsenais nucleares tanto da União Soviética quanto dos EUA.
Apenas três semanas após a saída, os EUA realizaram um teste com mísseis cujo desenvolvimento estava proibido pelo documento, demonstrando ter criado esse armamento ainda durante a vigência do tratado. Moscou anunciou várias vezes que critica firmemente a decisão sobre a saída do Tratado, que aumenta muito os riscos de confrontação.
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