'Participantes de ato no Capitólio serão presos políticos', diz deputado russo

© REUTERS / Shannon StapletonManifestantes enfrentam a Polícia do Capitólio durante protestos para contestar a certificação dos resultados das eleições presidenciais de 2020 dos Estados Unidos pelo Congresso, em Washington, EUA, 6 de janeiro de 2021
Manifestantes enfrentam a Polícia do Capitólio durante protestos para contestar a certificação dos resultados das eleições presidenciais de 2020 dos Estados Unidos pelo Congresso, em Washington, EUA, 6 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil
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Presidente da Duma de Estado da Rússia, Vyacheslav Volodin, pediu para que organizações internacionais analisem a liberdade de expressão nos EUA.

Durante sessão plenária da Duma de Estado da Rússia, Volodin fez críticas e apontou contradições na democracia norte-americana tendo em vista os últimos eventos naquele país.

"Em todos os lugares os participantes de ações políticas não autorizadas são chamados por Washington de combatentes pela liberdade e democracia. Mas quando a mesma coisa aconteceu nos EUA, eles chamaram tais pessoas de terroristas internos, os quais estão sujeitos a pegar de 15 a 20 anos de cadeia. Eles sim, serão verdadeiros presos políticos. Vamos dar o nome apropriado para as coisas", declarou Volodin em relação aos apoiadores de Trump que realizaram o ato de protesto no Capitólio em Washington em 6 de janeiro passado.

Além disso, a autoridade russa disse que os EUA terão que "reconhecer: ou isso é uma política de padrões duplos, ou eles têm pessoas oprimidas devido às suas visões políticas".

Volodin também propôs uma tarefa especial ao Comitê de Assuntos Exteriores da Duma de Estado:

"Vamos encarregar o Comitê de Assuntos Exteriores da Duma de Estado de preparar propostas para que organizações internacionais analisem a situação atual da liberdade de expressão e tomem decisões que não permitam que isso se repita no futuro."

Interferência na Rússia

Volodin acusou países da OTAN, incluindo os EUA, de tentarem interferir nas campanhas eleitorais para a Duma de Estado.

"Em setembro ocorrerão as eleições para a Duma de Estado [...] É necessário fazer tudo para não permitir a interferência estrangeira na nossa campanha eleitoral. Tendo em vista as eleições passadas e a situação de hoje, entendemos que tal como anteriormente eles vão interferir. E na liderança desses processos estão os EUA e seus aliados na OTAN", declarou.

Navalny

Ontem (18), o opositor russo Aleksei Navalny foi condenado pela Justiça da Rússia a 30 dias de prisão, um dia após ser detido no Aeroporto Internacional Sheremetyevo, Moscou, quando chegava depois de ter feito tratamento médico na Alemanha.

Na ocasião, Navalny foi acusado de ter violado termos de liberdade condicional por uma condenação que data ainda de 2014.

Falando do suposto envenenamento do ativista, Volodin ressaltou que o mesmo coopera com forças ocidentais contra a Rússia.

"Hoje, na forma de instrumento, Navalny é usado por serviços especiais ocidentais, pelo Departamento de Estado [dos EUA]. Todos devem entender: há Estados estrangeiros por trás de tudo o que ele faz. Nossa tarefa é impedir a interferência estrangeira."

Volodin também classificou o comportamento do ativista como traição à Rússia.

"Se uma pessoa traiu o país, se ela é financiada por países estrangeiros, então ela não tem nada a fazer em nenhuns órgãos de poder, tanto mais isso não pode ser permitido pelos que se dedicam à política e representam nossos cidadãos em diferentes órgãos de poder."

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