Gorbachev: mudança política nos EUA é um bom momento para se rechaçar a guerra nuclear

© AP Photo / Ivan SekretarevEx-presidente soviético Mikhail Gorbachev (foto de arquivo)
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O ex-líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, disse em entrevista à Sputnik que a mudança de poder na Casa Branca é um bom momento para Moscou e Washington reafirmarem sua rejeição a uma guerra nuclear.

Para Gorbachev, a abordagem fundamental manifestada na declaração conjunta que resultou da cúpula que ele manteve em 1985 com o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, não perdeu relevância.

© Sputnik / Yuri AbramochinSecretário Geral do PC da URSS, MIkhail Gorbachev, e presidente dos EUA, Ronald Reagan, assinam Tratado INF, em dezembro de 1987
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Secretário Geral do PC da URSS, MIkhail Gorbachev, e presidente dos EUA, Ronald Reagan, assinam Tratado INF, em dezembro de 1987
"Uma guerra nuclear é impossível de vencer, nunca pode ser travada, então as partes renunciam a buscar a superioridade militar. Recentemente, a propósito, a Rússia sugeriu que os EUA reafirmassem essa abordagem. Agora que chega um novo governo, vale a pena reiterar a proposta", disse o ex-líder soviético, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1990.

Em julho do ano passado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressou preocupação com o fato de Washington ter mantido a iniciativa de Moscou engavetada por dois anos.

"Estamos particularmente preocupados com a recusa bienal dos EUA em reafirmar um princípio fundamental: a premissa de que não pode haver vencedores em uma guerra nuclear e, portanto, nunca deve ser desencadeada", disse o ministro russo na época.

O governo do presidente estadunidense Donald Trump retirou-se em 2019 do Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário firmado 1987, uma saída que também colocou em risco a extensão do novo tratado START, assinado com a Rússia em 2010, e que expira agora em 2021.

Em dezembro de 2020, Lavrov disse em uma entrevista à Sputnik que a Rússia estava pronta para futuras negociações com os EUA sobre o controle de armas e que esperava que a nova administração norte-americana concordasse que a extensão do Novo START serviria aos interesses de segurança de ambos os países e de toda a comunidade internacional.

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