Rússia está aberta ao diálogo com Europa, mas não vê reciprocidade, diz chanceler russo

© Sputnik / Aleksandr VilfMinistro interino das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante conferência de imprensa sobre os resultados da política externa russa em 2019, em 17 de janeiro de 2020
Ministro interino das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante conferência de imprensa sobre os resultados da política externa russa em 2019, em 17 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil
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O ministro russo das Relações Exteriores disse ainda que quaisquer sanções contra a Rússia "são absolutamente sem sentido e contraproducentes".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (10) que Moscou está aberta a um diálogo construtivo com seus parceiros europeus, ainda que os Estados Unidos exerçam considerável influência sobre os países da União Europeia.

"Um dos objetivos estratégicos atuais de Washington é garantir que a União Europeia perca a sua independência estratégica e volte ao cerne da unidade euro-atlântica. Apesar de tudo isto, continuamos abertos ao diálogo, queremos este diálogo - o diálogo de iguais. Deve haver prontidão recíproca. Até agora, não existe essa disposição", disse Lavrov, durante a 28ª Assembleia do Conselho de Política Externa e Defesa, por meio de um link de vídeo.

O ministro russo acrescentou que Moscou não vai justificar suas próprias ações nem buscar a aprovação de outros países.

"Quaisquer ameaças, sejam sanções ou tentativas de debater outros tipos de punição para o nosso país, são absolutamente sem sentido e contraproducentes. Precisamos da cooperação com o Ocidente, tanto quanto o Ocidente precisa da Rússia com suas capacidades", observou Lavrov.

Em seguida, o ministro das Relações Exteriores convocou os países ocidentais a se engajarem em diálogos internacionais, tendo como base um código de conduta universal, fixado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensPresidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente da França, Emmanuel Macron, durante o recente encontro no sul da França
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Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente da França, Emmanuel Macron, durante o recente encontro no sul da França

As relações entre Moscou e os países da União Europeia têm sido tensas desde 2014, devido à crise ucraniana e à reunificação da Crimeia com a Rússia. A União Europeia, juntamente com os Estados Unidos, aplicou sanções contra a Rússia, que foram respondidas por Moscou, também com sanções.

Alguns países da União Europeia começaram recentemente a questionar a eficácia das sanções e a procurar soluções diferentes para os problemas entre Moscou e a Europa.

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