Vice-chanceler russo: é necessário evitar escalada incontrolável com os EUA

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Vice-ministro das Relações Exteriores russo acusou os EUA de criarem problemas nas relações bilaterais com seu país nos últimos anos, mas expressou desejo russo de se evitar tensões.

Durante reunião da gerência da Academia de Ciências da Rússia, o vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou:

"A continuação do diálogo com os EUA sobre o controle de armas é um imperativo. O que será possível [fazer] nesta esfera é a questão que estamos certamente discutindo. Porém, existem algumas soluções mínimas, que são óbvias. Eu acho que continuaremos os esforços intensivos para que nenhuma oportunidade nesta área seja perdida."

"Quanto ao tema da prevenção de incidentes: é totalmente correta a colocação da questão de que precisarmos nos proteger dos riscos de uma escalada incontrolável [com os EUA]."

Da mesma forma, Ryabkov afirmou que nas relações entre ambos os países existe "lixo" que deve ser removido.

"Nós devemos, infelizmente, nos focar em uma 'ação de limpeza' – remover a sujeira nas relações bilaterais, que se acumulou nas relações bilaterais, remover esse lixo, e em algum lugar e de alguma maneira o reciclar", acrescentou.

Retrocesso nas relações

O diplomata também acusou os EUA de criarem problemas nas relações com Moscou.

"Infelizmente, tendo em conta a visão da Rússia nos EUA, não foi possível avançar [nas relações] nos últimos anos. Em muitas áreas se nota um retrocesso e um forte anseio consciente de Washington de criar tais entulhos [problemas] com os quais deve se lidar", afirmou.

Contudo, apesar das discordâncias entre Moscou e Washington, Ryabkov disse que "isso não significa que as relações russo-americanas sejam 'sem esperanças'".

Eleição presidencial americana não dá esperança

Tendo em vista a eleição presidencial nos EUA, o diplomata russo apontou que, em caso de haver um novo presidente em Washington, a Rússia não enxerga que tal fato permita esperar melhoras nas relações bilaterais.

"Independentemente de quem vai estar na Casa Branca depois de 20 de janeiro de 2021, não vejo fundamentos para ter esperanças de uma melhora dinâmica das relações russo-americanas. A inércia das políticas para com a Rússia, a qual está inserida nos princípios doutrinários dos EUA e em uma série de atos legislativos e outras iniciativas que foram apresentadas e adotadas pelo Congresso [dos EUA] e, principalmente, a quase total coincidência das opiniões sobre a Rússia moderna no mainstream americano, não deixam chances para um movimento em trajetória ascendente, pelo menos na perspectiva de médio prazo."

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