Durante uma conferência de imprensa hoje (24), o diretor-geral do RFPI, Kirill Dmitriev, disse:
"Esperamos a saída da vacina já em novembro-dezembro, em milhões [de doses]. Acreditamos que no fim de dezembro teremos a possibilidade de produzir cerca de dez milhões de doses da vacina por mês, o que permitirá a vacinação de todos os interessados na Rússia em um prazo de seis-nove meses."
Além disso, Dmitriev ressaltou o sucesso da Rússia no combate à pandemia de COVID-19.
"E, sem dúvida, a Rússia será o primeiro país no mundo a garantir, de fato, uma vacinação bem-sucedida de toda a população contra o coronavírus", acrescentou.
Comentando a grande demanda do medicamento russo, Dmitriev declarou:
"Do ponto de vista do interesse internacional, recebemos pedidos de mais de 1,2 bilhão de doses da vacina."
O Centro Gamaleya iniciou testes da vacina para as pessoas dos grupos de risco, incluindo idosos, segundo Dmitriev.
Por sua vez, o Ministério da Saúde da Rússia afirmou que as primeiras remessas experimentais da vacina já foram entregues a todas as regiões do país.
"Todas as regiões [da Rússia] receberam as primeiras remessas da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya, para a profilaxia da infecção pelo coronavírus. Todos os medicamentos estão munidos de uma marcação digital", afirmou o órgão em declaração a jornalistas.
Vacina Sputnik V
Registrada no início de agosto passado, a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, com financiamento do RFPI, tem despertado a atenção de diversos países.
Além dos testes bem-sucedidos, ficou comprovada a eficiência do medicamento na geração de resposta imunológica nos voluntários nas diferentes etapas de testes clínicos.
No Brasil, os estados do Paraná e Bahia já fecharam acordo com a Rússia para o fornecimento da vacina, a qual poderá ser distribuída em território brasileiro caso seja aprovada pelos órgãos reguladores.