De acordo com Kirill Dmitriev, na luta contra o coronavírus é importante, além de conseguir criar uma vacina, efetuar um trabalho de informação e esclarecimento, fazer a prevenção da doença, bem como ter em conta a experiência de outros países.
O RFPI, juntamente com parceiros nacionais e internacionais, já investiu no desenvolvimento de sistemas de testes para o novo coronavírus, que já começaram a ser utilizados em clínicas russas e serão fornecidos a outros países.
Cientistas russos do RFPI e japoneses da empresa Mirai Genomics desenvolveram um destes sistemas de diagnóstico. Ele pode ser usado tanto em laboratórios estacionários como em minilaboratórios móveis.
Estes últimos são exclusivos e não possuem análogos. O sistema está pronto a funcionar em qualquer local e utiliza o método SmartAmp, que necessita de cerca de 30 minutos para realizar o diagnóstico.
Para além da parceria com o Japão, os cientistas russos estão trabalhando ativamente com a China e até mesmo com os Estados Unidos.
"Consideramos que o nosso teste russo-japonês é um exemplo desta cooperação, estamos trabalhando ativamente com a China e até mesmo com os EUA. Acreditamos que é tempo de pôr de lado as divergências geopolíticas, inclusive com a Europa e os EUA, e cooperarmos na luta contra o vírus", destacou ele.
Com a ajuda de parceiros internacionais de 17 países, o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) conseguiu assegurar a produção de melhores testes, fazendo sua aposta no desenvolvimento russo-japonês.
"Atualmente existem três tipos de produtos baseados na nossa tecnologia. O primeiro é uma solução para os laboratórios existentes que utilizam testes RCP. Eles podem utilizar o nosso teste e, em vez de duas horas, o resultado será conhecido em 30 minutos. O segundo é um sistema portátil de testes rápidos que pode ser utilizado sem a necessidade de um laboratório, em forma de mala móvel, permitindo fazer diagnósticos em hospitais, escolas, escritórios, aeroportos. Em uma hora é possível fazer 20 testes", explicou Dmitriev.
"A terceira solução é um dispositivo que vamos ter, um sistema de testes automatizado que vai permitir a realização de mais de 5.000 testes por dia. Este aparelho será entregue em quatro semanas. Será introduzido na Rússia e vamos colocá-lo nos mercados internacionais", disse.
Além deste dispositivo de testes rápidos ser autorizado na Rússia, sua eficácia foi comprovada em laboratórios na Áustria, e também foi solicitada a permissão de sua utilização nos EUA.
"Não há dúvida de que o coronavírus será derrotado e que a Rússia desempenhará um dos papéis centrais nesta luta. A Rússia é um dos países mais experientes no desenvolvimento de vacinas. Pelo que sabemos, para cerca de 80% das pessoas, este vírus não representa ameaça", salientou Dmitriev.
Em breve a empresa russo-japonesa Evotech-Mirai Genomics (EMG, na sigla em inglês) vai produzir mais de um milhão de testes e mais de mil minilaboratórios móveis por semana. Já há pedidos para mais de dois milhões de testes dentro da Rússia e provenientes do exterior, especificou Dmitriev.
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