Editora-chefe do RT e Sputnik comenta bloqueio de materiais ligados à Rússia pelo Facebook

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O bloqueio pelo Facebook de vários projetos do canal RT após uma reportagem da CNN é um confronto geopolítico evidente, segundo a editora-chefe da Sputnik e do RT, Margarita Simonyan.

Anteriormente, o Facebook bloqueou as páginas de quatro projetos da Maffick Media – In the Now, Soapbox, Waste-Ed и Backthen, pertencentes a um grupo de jornalistas independente, relacionado parcialmente à agência Ruptly.

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Os projetos publicam materiais de vídeo sobre história, notícias, problemas sociais e meio ambiente. O Facebook não avisou os projetos sobre seu bloqueio e não explicou o motivo das suas ações.

As páginas foram bloqueadas oito horas após a CNN ter publicado uma matéria que "denunciava" as ligações das páginas em questão com o RT. Na matéria, o canal apontava que "aqueles que assistem a estes vídeos não se dão conta que eles foram criados com dinheiro russo".

O canal começou a preparar a matéria depois de ter recebido informações do centro analítico German Marshall Fund, reconhecido no território russo como "organização indesejável".

"Mais uma vez a CNN agiu como a mão direita […] do Departamento de Estado, da OTAN e de tudo o que está relacionado com isso. O Facebook atuou da mesma forma. A CNN nem sequer disfarça ter organizado a sua chamada investigação, ou melhor, sua matéria do tipo completamente chantagista, por encomenda direta do fundo financiado pela OTAN e pelo Departamento de Estado", apontou Simonyan.

De acordo com ela, a CNN forçou, de fato, o Facebook a apagar as páginas.

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"O Facebook já está tão assustado de ser acusado de ajudar mais uma vez os russos a interferirem e matarem a democracia nos EUA que […] em minutos apagou uma conta que tinha quatro milhões de seguidores. No Facebook esse vídeo tinha dois bilhões e meio de visualizações. O Facebook não tinha nenhumas queixas contra o vídeo, contra o conteúdo publicado pelo canal, mas como a CNN telefonou e disse: 'Como vocês podem permitir a esses russos tratarem assim a nossa população?', então o Facebook simplesmente apagou esta página', acrescentou. 

A editora-chefe da Sputnik e do RT frisou que no futuro a situação só vai piorar.

"Agora já ninguém tenta acreditar na liberdade ou até mesmo falar de qualquer liberdade, trata-se de um confronto geopolítico evidente, em que nossas plataformas de mídia são usadas como uma verdadeira arma absoluta. Já não sei se estas foram criadas com esse propósito, mas de fato isso está acontecendo precisamente dessa forma", ressaltou.

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