De acordo com a pesquisa, conduzida pelo instituto independente de opinião Levada, a proporção de russos que dizem preferir ver Putin na Presidência depois que seu mandato atual expira em 2024 é de 51%.
Já 27% dos entrevistados descreveram esse cenário como "indesejável".
A Constituição russa não permite que a mesma pessoa assuma o cargo presidencial por mais de dois mandatos seguidos e Putin repetidamente disse à imprensa que não tinha intenção de violar ou mudar essa regra.
Um levantamento realizado em agosto passado revelou que a proporção de russos que queriam que Putin vencesse as eleições presidenciais de março de 2018 era de 67%, enquanto 18% dos entrevistados disseram que não favoreceriam esse resultado.
Mas, em 2018, Putin estava concorrendo a um segundo mandato consecutivo, embora o quarto no total desde 2000, o que não é proibido pela lei.
A mais recente pesquisa da Levada também mostrou que a proporção de russos que afirmam desejar mudanças em grande escala no país aumentou de 42% em agosto do ano passado para 57% hoje.
Ao mesmo tempo, apenas 24% dos russos concordaram com a tese de que mudanças radicais no governo poderiam levar a um aumento nos padrões de vida e 30% disseram aos pesquisadores que, em sua opinião, a remodelação do gabinete não mudaria nada.
Em abril deste ano, o chefe da República da Chechênia, Ramzan Kadyrov, pediu mudanças na Constituição russa que permitiriam que Vladimir Putin fosse reeleito presidente depois de 2024.
"Não devemos nem perguntar a Putin sobre isso! O povo, o Conselho da Federação, a Duma do Estado, outras instituições do Estado, devem iniciar e aprovar essa decisão, coletar assinaturas e realizar um referendo nacional", disse Kadyrov a repórteres.
"Estou confiante de que todos apoiariam isso", acrescentou.
Em meados de maio, a Assembleia Legislativa da República Chechena redigiu um projeto de lei no Parlamento federal que permite que Putin e todos os futuros presidentes russos permaneçam no poder por três mandatos consecutivos, em vez dos dois atuais. Ao apresentar a moção, o presidente da assembleia, Magomed Daudov, enfatizou que não diminuiu as bases democráticas do Estado russo, mas permitiu que os cidadãos determinassem melhor seu futuro.
O secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, comentou sobre a iniciativa dizendo que o presidente não tinha o assunto em sua agenda e acrescentou que o líder repetidamente expressou uma posição negativa sobre as mudanças na Constituição.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)