Moscou considera que ainda é cedo para iniciar o processo de desarmamento nuclear universal e pede a máxima sobriedade e realismo para abordar a questão, afirmou Ryabkov ao participar da conferência dedicada ao 50º aniversário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
"Apelamos a todos para abordarem a tarefa do desarmamento nuclear com a sobriedade e o realismo. Qualquer movimento em direção ao desarmamento nuclear deve ser pesado e dividido em etapas", disse o diplomata russo.
"O fim da produção de armas nucleares, a destruição de suas reservas existentes e a exclusão de armas nucleares e meios de sua entrega de arsenais nacionais por definição não podem ser organizados separadamente de selar um tratado de desarmamento universal e completo sob controle internacional estrito e efetivo", observou Ryabkov.
Na mesma conferência, o vice-ministro russo lembrou aos participantes que, nos últimos 30 anos, a Rússia reduziu seu potencial nuclear em 85% e chamou essa etapa de "uma inédita e importante contribuição para o movimento em direção ao mundo livre de armas nucleares".
"Reduzimos a quantidade de nossas armas estratégicas convencionais em quatro vezes e levamos essas armas para a categoria não implantada, concentrando-as em bases de armazenamento em nosso território nacional", acrescentou.
O diplomata russo afirmou que é de primordial importância que o esforço da comunidade internacional esteja concentrado nas questões mais urgentes de segurança e estabilidade internacionais.
Isso inclui a saída dos Estados Unidos do Tratado de Mísseis Antibalísticos e o subsequente desdobramento unilateral de elementos do sistema global de defesa antimísseis, bem como o desenvolvimento de várias armas estratégicas convencionais de alta precisão e a intenção de levar a corrida armamentista ao espaço.
Outro problema importante é a recusa dos Estados Unidos em ratificar o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e a aparente intenção de reiniciar os testes nucleares em seu território.
A falta de regulamentação e complicação adicional desses problemas prejudica a confiança entre as nações e torna inúteis todos os esforços na esfera do desarmamento, destacou Ryabkov.
Ele lembrou a conferência sobre a recente decisão dos EUA de retirar-se do acordo nuclear com o Irã, mas enfatizou que Moscou continuará cumprindo todas as suas obrigações assumidas no Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) sobre o programa nuclear iraniano.
O ministro também disse que Moscou considerava importante que o desarmamento nuclear na península coreana fosse mantido de forma gradual e cautelosa e pediu a Washington e Seul que se abstivessem de provocações e ultimatos que poderiam destruir as conquistas alcançadas na recente cúpula entre EUA e Coreia do Norte em Singapura.
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