
A cerimónia foi realizada na sede da COMAC em Xangai, na presença dos diretores de ambas as empresas aeroespaciais e dos vice-ministros de Indústria russo e chinês, foi comunicado na página da Corporação Unida de Construção Aeronáutica russa (UAC, na sigla em inglês).
O nome CR929 combina os nomes dos dois países. As letras C e R correspondem a China e Rússia, e também são as primeiras letras da empresa conjunta CRAIC, responsável formalmente pelo projeto.
O número repetido 9 na cultura da China é um símbolo de eternidade, este permite à parte chinesa integrar o avião em sua família de aviões de fuselagem estreita C919, recentemente lançada pelo país asiático.
Por sua vez, a numeração de cada membro da família continua o conjunto de aviões comerciais russos, de MC-21-200/300/400 até CR929-500/600/700, explicou o presidente de UAC, Yuri Slusar.
O presidente do Conselho de Diretores da COMAC, He Dongfeng, qualificou os próximos 20 anos na indústria aeronáutica de "estrategicamente importantes" e prometeu "fazer tudo o possível para que o CR929 se torne um exemplo de sucesso da cooperação entre a Rússia e a China".

A parte russa é responsável pela elaboração das asas do avião, sistemas mecânicos, colocação de motores e projeção do trem de aterrissagem. Os engenheiros chineses foram encarregados de elaborar várias seções da fuselagem, estabilizadores e o cone do nariz.
Estima-se que, para além de fornecedores russos e chineses, no programa de desenvolvimento do CR929 sejam envolvidos produtores de componentes e sistemas internacionais. Assim, a UAC e a COMAK já acordaram que na primeira fase de construção do CR929 serão utilizados motores de fabricação estrangeira (entre os pretendentes estão as empresas Rolls-Royсе e General Electric).
Quanto à segunda fase, está sendo estudada a possibilidade de instalação do motor russo PD-35.
De acordo com as estimativas conjuntas da UAC e COMAK, nos anos de 2023-2045 no mercado internacional de aviação civil serão utilizados cerca de 7.200 aviões do tipo CR929, cuja maior parte será adquirida por países do Círculo do Pacífico.
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