EUA declararam guerra comercial contra a Rússia, diz Medvedev

© Sputnik / Dmitry Astakhov / Acessar o banco de imagensPrimeiro-ministro russo Dmitry Medvedev
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O primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev afirmou nesta quarta-feira que as mais recentes sanções dos Estados Unidos contra a Rússia são a declaração de uma “guerra comercial” contra o país.

Segundo o premiê, as medidas adotadas pelo governo do presidente Donald Trump são “sem sentido”, mas o Kremlin irá tomar as medidas necessárias para lidar com elas.

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Além disso, Medvedev deu por perdidas as chances de uma melhora das relações entre os dois países, uma vez que avaliou que tais sanções deverão permanecer vigentes “por décadas”.

O primeiro-ministro da Rússia avaliou também que a “histeria antirrussa” invadiu a política interna estadunidense, contribuindo para que Trump, dono de um governo “completamente impotente” fosse derrotado nos “jogos políticos internos” praticados pela elite política dos EUA.

“O estabelecimento americano ultrapassou completamente Trump. O presidente não está feliz com as novas sanções, mas não pode deixar de assinar a lei. O novo tópico de sanções surgiu principalmente como outra maneira de mostrar a Trump seu lugar. À frente são novas abordagens, cujo objetivo final é removê-lo do poder”, escreveu Medvedev em sua página no Facebook.

Para a Rússia, continuou o primeiro-ministro, a prioridade seguirá sendo “trabalhar de forma constante no desenvolvimento da economia e da esfera social, vamos lidar com a substituição de importações, resolver as tarefas estatais mais importantes, dependendo principalmente de nós mesmos”.

“Aprendemos a fazer isso nos últimos anos nas condições dos mercados financeiros quase fechados, e nos receios dos credores e investidores estrangeiros de investir na Rússia devido a sanções contra terceiros. De certa forma, até nos beneficiou, embora as sanções — em geral — não tenham sentido. Nós iremos superar”, completou.

Já o Ministério de Relações Exteriores russo destacou que o país se reserva ao direito de responder às sanções norte-americanas, as quais possuem potencial para afetar a “estabilidade mundial”.

Ainda de acordo com a pasta, nenhuma medida estadunidense irá alterar a rota do Kremlin na defesa dos seus interesses nacionais, embora o país esteja disposto a cooperar na resolução de questões internacionais.

“É lamentável que a lei de sanções contra a Rússia tenha sido aplicada nos EUA. O nome ‘Contra o Acidente da América através da Lei de Sanções’ fala por si: os iniciadores deste empreendimento estão tentando incutir a imagem relevante da Rússia nas mentes do público americano. É uma política perigosa, repleta da erosão da estabilidade [global], para a qual Moscou e Washington têm uma responsabilidade especial”, afirmou o ministério em um comunicado.

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