Rússia está preocupada com armas biológicas americanas perto de suas fronteiras

© AFP 2023 / Daniel PIRISEspecialistas em armas químicas e biológicas
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O Ministério das Relações Exteriores russo emitiu um comunicado em que expressou sua preocupação pela implantação na povoação georgiana de Alekseevka do Comando de Pesquisa Médica e Logística do Exército dos Estados Unidos.

Que ameaça pode representar este laboratório americano no território de outro país perto da fronteira com a Rússia?

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Igor Nikulin, ex-membro da Comissão sobre Armas Químicas e Biológicas da ONU, disse ao portal russo BFM que nos últimos anos os americanos tinham estabelecido cerca de 400 laboratórios biológicos por todo o mundo.

Como ele observou, no território dos países membros da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) operam mais de 20 instalações deste tipo: 13 se encontram na Ucrânia, três ou quatro na Geórgia e dois no Cazaquistão, entre outros países.

"O Pentágono gastou mais de 500 milhões de dólares [R$ 1,5 bilhão] para este fim", disse o especialista.

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De acordo com Nikulin, após a criação destes laboratórios começaram ocorrendo surtos constantes de várias epidemias nos respectivos países. Assim, a Ucrânia sofre frequentemente de gripe suína, enquanto os cidadãos da Geórgia sofrem de pneumonia atípica.

Por consequência, a Rússia tem repetidamente manifestado sua preocupação com esses fatos que podem ser considerados como uma guerra biológica contra o país eslavo, disse ele.

"Vamos tentar fazer com que esses laboratórios fechem e sejam removidos das nossas fronteiras", disse ele.

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Todos os especialistas em vírus que trabalham nas instalações biológicas em questão são dos EUA. Além disso, todos os países que permitem construir estes centros em seu território são obrigados a assinar acordos de não divulgação, disse Nikulin.

"Os Estados Unidos assinaram a Convenção para Proibição de Armas Biológicas e não produzem estas armas em seu país, mas eles fazem isso nas chamadas zonas cinzentas, ou países em condições de Estado frágil", disse o especialista.

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Viktor Baranets, ex-porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, também partilhou sua opinião sobre a questão.

Segundo ele, de fato, é quase impossível verificar se nestes laboratórios são produzidas armas de destruição em massa ou antissoros e meios que ajudam lutar contra as armas biológicas.

Alguns anos atrás, a atividade do laboratório de pesquisas científicas Richard Lugar, localizado perto da capital da Geórgia – Tbilisi, recebeu uma grande repercussão na mídia. Por isso, em 2013 o governo georgiano ordenou fechar o centro e, em vez dele, criar numerosos laboratórios menores por todo o país.

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