Ex-chanceler russo: ultimatos e sanções são inaceitáveis na relação com Irã

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Ultimatos e sanções são inaceitáveis na relação com o Irã, disse na terça-feira (14) o presidente do Conselho Russo dos Assuntos Internacionais e ex-ministro das Relações Exteriores da Federação da Rússia (1998-2004), Igor Ivanov.

"Não devemos buscar a revisão de acordos, como fazem alguns jogadores hoje em dia, mas a estrita aplicação dos acordos: a linguagem dos ultimatos e sanções é inaceitável na relação com um dos países líderes da Ásia", disse ele em uma mesa redonda na Agência Internacional de Notícias Rossiya Segodnya ao comentar a situação em torno das perspectivas da realização do plano de Ação Global Conjunta sobre o Programa Nuclear de Teerã.

Ao mesmo tempo, Ivanov sublinhou a importância da atitude estratégica na construção de relações entre Moscou e Teerã.

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Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, em entrevista a jornais europeus, chamou o acordo com o Irã de "um dos piores acordos" que já foram concluídos. Durante as eleições presidenciais nos EUA, Trump criticou repetidamente a administração de Obama com relação a este acordo e ameaçou reconsiderá-lo.

No início de fevereiro, os EUA aumentaram a lista de sanções contra o Irã, adicionando 13 indivíduos — cidadãos do Irã, Emirados Árabes Unidos, China, Kuwait e Líbano — e 12 empresas com base no Irã, Líbano, China e Emirados Árabes Unidos. As sanções são baseadas nas alegações referentes ao programa de criação de mísseis balísticos iranianos e ao apoio ao grupo xiita libanês Hezbollah, considerado terrorista por Washington.

Em 14 de julho de 2015, o Irã e o "sexteto" de mediadores internacionais chegaram a um acordo histórico quanto ao problema atômico iraniano. Adotou-se o plano de ação global conjunto, que, caso fosse cumprido, seriam retiradas as sanções econômicas e financeiras do Irã, que foram introduzidas anteriormente pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, Estados Unidos e pela União Europeia.

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