Representante russo na ONU: Se o Reino Unido quer consciência limpa, devolvam as Malvinas

© AFP 2023 / Kena BetancurVitali Churkin, embajador ruso ante la ONU
Vitali Churkin, embajador ruso ante la ONU - Sputnik Brasil
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O representante permanente da Rússia na ONU, Vitali Churkin, respondeu ao seu homólogo britânico, Matthew Rycroft, e a norte-americana Nikki Haley, que reiterou suas acusações contra a Rússia por causa da crise na Ucrânia.

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Rycroft tinha acusado a Rússia por suas ações em Crimeia, que, em sua opinião, "desencadeou a crise no país".

"Tudo começou com o golpe [em Kiev] apoiado em grande parte por forças externas", Churkin lembrou Rycroft.

O representante russo também destacou a postura do próprio Reino Unido ao julgar o "retorno" de qualquer território.

"Devolvam as Ilhas Falkland (Malvinas), devolvam Gibraltar, devolvam a parte anexada de Chipre, devolvam o arquipélago de Chagos no Oceano Índico, que se transformou em uma enorme base militar. Só então a sua consciência, talvez, estará um pouco mais limpa e vocês poderão começar julgar outras questões", disse Churkin.

O representante russo na ONU também citou a Constituição dos Estados Unidos para responder às palavras de Nikki Haley, a embaixadora do país nas Nações Unidas sobre a composição da Crimeia para a Ucrânia. Na sua apresentação à ONU, Nikki Haley reiterou a posição comum de seu país, afirmando que "os Estados Unidos continuam condenando e pedindo o fim imediato da ocupação russa na Crimeia, a Crimeia é parte da Ucrânia".

"Nesse sentido, vale lembrar que na Constituição dos EUA ressoam as palavras históricas "We the People" (Nós, o Povo). [A vontade do] povo da Crimeia foi claramente expressa no referendo", disse Churkin.

A península da Crimeia se separou da Ucrânia e da Rússia depois de celebrar em março 2014, um referendo em que a esmagadora maioria dos eleitores (mais de 96%), aprovou esta opção. A consulta foi convocada na sequência da mudança violenta do poder na Ucrânia, um evento que Moscou classifica como "golpe".

A Rússia tem afirmado repetidamente que a população de Crimeia votou sim, democraticamente e em plena conformidade com o direito internacional e da Carta das Nações Unidas, ao reagrupamento com a Federação Russa, um país que respeita e aceita esta decisão.

Desde então, os EUA, a União Europeia e outros países ocidentais adotaram vários pacotes de sanções contra os cidadãos, empresas e setores inteiros da economia russa, que Moscou respondeu com a apreensão de algumas das suas exportações de alimentos.

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