'Putin sai sempre ganhando nas negociações'

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Vladimir Putin durante a teleconferência sobre o lançamento da ponte energética - Sputnik Brasil
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A revista francesa Slate analisa os métodos de negociar com Moscou adotados pelo atual presidente do país, François Hollande, e pelo presidente anterior, Nicolas Sarkozy.

Apesar de Putin ter suspendido sua visita a Paris, todos os grupos políticos da França partilham da convicção que é fundamental dialogar com o presidente russo.

Analisando os métodos de diálogo dos dois políticos franceses, a edição recorre a livros recém-publicados, que revelam o que aconteceu nos bastidores da vida diplomática durante os últimos anos e como Hollande e Sarkozy têm tentado estabelecer o diálogo com Putin.

Em suas conversas com Putin, Hollande mantém uma posição firme e bastante agressiva. Assim, discutindo a situação e a correlação de forças na Síria, o presidente francês destacou que qualificava de "ilegítimo" o governo de Assad e se recusou a reconhecer a cumplicidade da oposição moderada com o terrorismo.

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Durante a sua presidência, Sarkozy também mostrou firmeza nas conversas com Putin, escreve a Slate. Mesmo durante a campanha presidencial de 2007, em entrevista à revista política Le Meilleur des mondes, ele afirmou que não estenderia a mão ao presidente russo.

Não obstante, Slate descreve outra conversa entre os dois líderes na cúpula do G-20, na cidade alemã de Heiligendamm, durante a qual Sarkozy destacou as violações dos direitos humanos por parte do presidente russo e as inúmeras mortes na Chechênia. Ao receber uma resposta forte de Putin sobre as diferenças de tamanho entre os seus países, o líder francês parecia distanciado e tão "atordoado", que a mídia não demorou a perceber que "deveria ter bebido algo mais do que água".

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Ao se dar conta da habilidade de negociação de Putin, Sarkozy decidiu mudar de rumo e se tornar um "sócio influente do dono do Kremlin". Assim, em 2008 Sarkozy desempenhou o papel de mediador entre Moscou e Tbilisi.

Desta forma, conclui a Slate, os resultados das negociações sobre qualquer conflito regional, seja Geórgia, Síria ou Crimeia, sugerem apenas uma conclusão: Putin nunca rejeita dialogar, mas promove sempre os interesses de seu país e sai ganhando.

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