'Missão deles falhou': Lavrov comenta saída dos EUA do Afeganistão

© REUTERS / Mohammad Ismail Soldado do Exército Nacional do Afeganistão em posto de observação em Mahipar, na autoestrada Jalalabad-Cabul, Afeganistão, 8 de julho de 2021
Soldado do Exército Nacional do Afeganistão em posto de observação em Mahipar, na autoestrada Jalalabad-Cabul, Afeganistão, 8 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.07.2021
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Situação atual no Afeganistão está piorando cada vez mais, disse nesta sexta-feira (16) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

"Infelizmente, nos últimos dias, temos testemunhado uma rápida degradação da situação [...]", disse o chanceler russo na sessão plenária da conferência "Ásia Central e Sul Asiático. Interdependência Regional: Desafios e Oportunidades".

O diplomata relacionou a situação com a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão.

Em sua opinião, existe o risco de "alastramento da instabilidade aos países vizinhos". Além disso, a crise afegã intensifica a ameaça terrorista e o problema do tráfico de drogas, o qual, sublinha, atingiu um nível sem precedentes.

"Os americanos saíram, conforme confirmou o presidente [dos EUA Joe] Biden, porque consideraram sua missão cumprida. É claro, ele tentou apresentar a situação no tom mais positivo possível, mas todos entendem que a missão falhou. Isto é admitido abertamente, inclusive nos próprios Estados Unidos", disse Lavrov aos jornalistas.

Moscou é a favor não só de um diálogo ativo entre os lados do conflito, mas também de novos formatos de negociações, disse em conclusão Sergei Lavrov.

O Afeganistão enfrenta um confronto entre forças governamentais e militantes do movimento Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). O Talibã estabeleceu o controle sobre grandes territórios nas regiões rurais e começou uma ofensiva contra as principais cidades. 

A instabilidade aumenta em meio às promessas das autoridades americanas de retirar seu contingente militar do solo afegão até 31 de agosto próximo.

O diretor do Segundo Departamento da Ásia do MRE russo, Zamir Kabulov, considera que a guerra pode durar mais dois meses, no entanto os militantes não conseguirão tomar todo o país, mesmo que já tenham ocupado quase metade dos distritos.

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